Foi divulgado nesta terça-feira (3) pelo Governo do Estado o resultado final da análise documental do Edital Vladimir Carvalho de Fomento a Mostras e Festivais de Cinema da Paraíba , que é promovido em parceria pela Secretaria de Estado da Cultura da Paraíba (Secult-PB) e pela Companhia de Água e Esgoto da Paraíba (Cagepa). Ao todo, 76 dos 86 projetos inscritos seguem para a segunda etapa, que é a análise de objeto.
Após o resultado preliminar, 49 projetos tinham sido considerados inabilitados, mas durante o período de recursos 39 deles corrigiram seus problemas documentais e se tornaram aptos para seguir na disputa. Apenas dez projetos inabilitados inicialmente foram de fato eliminados.
O edital prevê duas categorias de mostras e festivais. Serão selecionadas ao término de todo o processo 15 cotas de R$ 70 mil para eventos que já tenham um histórico de ao menos duas edições realizadas e cinco cotas de R$ 30 mil para eventos estreantes ou que só tenham uma edição realizada.
Seguem na disputa, assim, 28 projetos de mostras ou festivais com histórico de duas ou mais edições realizadas (de um total de 31) e 48 projetos de mostras ou festivais estreantes ou que só tenham uma edição realizada (de um total de 55 inscritos).
Agora na segunda etapa, serão considerados critérios como capacidade de planejamento e viabilidade, experiência do proponente, estratégias de democratização, medidas de acessibilidade e fomento ao processo formativo. Uma nota de 0 a 10 será dada para cada proposta, numa etapa que tem caráter classificatório.
O investimento total do edital vai ser da ordem de R$ 1,2 milhão e esta terceira edição foi batizada em homenagem ao documentarista paraibano Vladimir Carvalho, que morreu em outubro aos 89 anos de idade. Para além disso, o investimento destinado para este ano é o dobro daquele do ano passado, que foi de R$ 600 mil. Houve ajustes não só no valor destinado a cada festival beneficiado, como também no número total de eventos que serão contemplados.
Dentro de uma política de inclusão e de estímulo à diversidade que já virou regra nas ações culturais da atual gestão, haverá 0,5 ponto extra para propostas cujos proponentes sejam pessoas negras, indígenas, ciganas, quilombolas, mulheres, pessoas com deficiência, pessoas LGBTQIAPN+ ou membros de povos e comunidades de matriz africana ou cujas temáticas dos eventos estejam relacionadas com esses segmentos sociais.
É preciso que os festivais e mostras sejam de natureza pública e realizados integralmente em território paraibano. O evento precisa ter acesso gratuito, duração mínima de três dias e apresentação de pelo menos um longa-metragem ou um conjunto de três curtas-metragens por dia. Pelo menos dois terços dos filmes exibidos têm que ser brasileiros, com destaque à produção audiovisual paraibana.
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