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Geral Maranhão

Maranhão propõe parceria estratégica com o Pará para a COP 30

O governador Carlos Brandão ressaltou que a COP 30 será um espaço essencial para demonstrar ao mundo as ações concretas que estão sendo desenvolvid...

13/03/2025 às 00h55
Por: GIDEON CORREA Fonte: Secom Maranhão
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- Carlos Brandão discursa durante reunião de governadores da Amazônia Legal (Foto: Rodrigo Ribeiro)
- Carlos Brandão discursa durante reunião de governadores da Amazônia Legal (Foto: Rodrigo Ribeiro)

Os governadores e vice-governadores dos estados da Amazônia Legal reuniram-se em Brasília (DF), nesta quarta-feira (12), para o lançamento do Plano de Atuação do Consórcio da Amazônia Legal para a COP 30. A Conferência do Clima, que será realizada em novembro, em Belém (PA), representa uma oportunidade estratégica para os estados da região apresentarem suas iniciativas ambientais e atraírem investimentos para uma transição sustentável, fortalecendo o protagonismo do Brasil na agenda climática global.

Durante o encontro, o governador do Maranhão, Carlos Brandão, colocou o estado à disposição do governador do Pará, Helder Barbalho, para contribuir com a COP 30, tanto com projetos ambientais de destaque quanto com suporte logístico. Além de apresentar iniciativas sustentáveis que serão levadas à conferência, Brandão destacou a proximidade geográfica entre os dois estados e a infraestrutura do Maranhão, que pode auxiliar no fluxo de visitantes e na mobilidade durante o evento.

“Somos estados vizinhos e queremos contribuir para o sucesso da COP 30. Podemos auxiliar na logística de transporte, hospedagem e infraestrutura aeroportuária, garantindo mais fluidez no deslocamento de delegações internacionais e nacionais,” afirmou Brandão.

O governador ressaltou que a COP 30 será um espaço essencial para demonstrar ao mundo as ações concretas que estão sendo desenvolvidas na Amazônia Legal. Entre os projetos que levará à conferência, Brandão destacou o Floresta Viva, um programa de recomposição florestal que já conta com o financiamento de 16 empresas internacionais e multinacionais e com a construção do maior viveiro público do Brasil. Com 600 mil mudas já cultivadas, a meta é alcançar 1 milhão de mudas, que serão disponibilizadas a pequenos agricultores a preços simbólicos, incentivando a recuperação de áreas degradadas e a geração de renda sustentável.

Além disso, apresentou o programa Maranhão Sem Queimadas, que tem como objetivo reduzir queimadas e incêndios florestais, combater o desmatamento e conscientizar a população sobre os impactos ambientais dessas práticas. O governo do estado busca apoio do BNDES para ampliar o programa e garantir sua eficácia na preservação da biodiversidade.

Brandão reforçou que os estados amazônicos precisam aproveitar a COP 30 não apenas como um espaço de cobrança, mas também de protagonismo e soluções concretas.

“Chegou a hora de virarmos o jogo. Durante anos, os estados amazônicos foram apenas cobrados, mas agora queremos mostrar que temos projetos viáveis, inovadores e que podem transformar a realidade da região. Precisamos de investimentos e parcerias que garantam a preservação da floresta ao mesmo tempo em que promovem o desenvolvimento sustentável e social da nossa população,” enfatizou o governador.

O Consórcio da Amazônia Legal busca consolidar sua atuação na COP 30 com uma agenda estratégica voltada à transição energética e ao desenvolvimento sustentável. O plano elaborado pelos governadores segue as diretrizes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (da sigla em inglês UNFCCC) e da presidência da COP 30 no Brasil, reforçando o compromisso dos estados amazônicos com a pauta ambiental global e a busca por parcerias institucionais que fortaleçam o desenvolvimento da região.

Ao final do encontro, o governador do Pará, Helder Barbalho, destacou que, embora a COP aconteça em Belém, o evento pertence a todo o país. “Hoje damos a largada para essa nova agenda, que busca o protagonismo dos estados da Amazônia Legal. Esta será a COP da floresta, do Brasil, e não apenas de Belém,” ressaltou Barbalho.

A COP 30 será um momento-chave para que o Brasil exerça liderança global na agenda ambiental. Para Barbalho, o país deve demonstrar seu compromisso com a transição para uma economia de baixo carbono. “Temos a legitimidade de ser a locomotiva para o resto do planeta. O Brasil pode e deve dar o exemplo de como conduzir uma transição energética limpa e sustentável,” finalizou.

O Consórcio da Amazônia Legal é composto pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.

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