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Inadimplência das famílias na cidade de SP cai para 19% em fevereiro

Elevação da renda e menor desemprego contribuíram para o índice

05/03/2025 às 23h36
Por: GIDEON CORREA Fonte: Agência Brasil
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© Marcello Casal Jr/Agência Brasil/Arquivo
© Marcello Casal Jr/Agência Brasil/Arquivo

O volume de famílias inadimplentes no município de São Paulo caiu em fevereiro e chegou a 19%. Este é o segundo melhor resultado desde janeiro de 2023, só perdendo para setembro de 2024, quando foi registrada inadimplência de 18,9%.

Em janeiro, a inadimplência foi de 19,6% e, em dezembro de 2024, 19,5%.

Em número absolutos, na comparação anual, foram 108 mil lares que saíram da situação de inadimplência em fevereiro.

Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (5), são da Pesquisa do Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

De acordo com a entidade, a queda na inadimplência decorre da elevação da renda dos brasileiros e da reduzida taxa de desemprego .

“O mercado de trabalho em seu melhor momento e uma consequente massa de renda historicamente alta – R$ 40,6 bilhões no último trimestre de 2024, na capital paulista, o maior volume da série histórica do IBGE – fizeram com que o volume de famílias inadimplentes em São Paulo caísse novamente em fevereiro”, destacou a Fecomércio, em nota.

Segundo os dados, a inadimplência das famílias do município de São Paulo está abaixo da casa dos 20% desde agosto de 2024, após ficar mais de dois anos acima desse patamar.

O tempo médio de atraso nas dívidas, que em fevereiro estava em 63,1 dias, era 66,2 dias no mesmo mês do ano passado. “Esse é um dado relevante, na análise da Federação, porque significa que o juro rolado com a despesa não quitada tende a ser menor, o que favorece um retorno mais rápido da família ao ambiente de consumo”, ressaltou a FecomercioSP.

Famílias com dívidas a pagar

De acordo com o levantamento, a porcentagem de famílias com dívidas a pagar em fevereiro, no município de São Paulo, foi 67,7% – em janeiro era 67,2% e, em fevereiro de 2024, 68,1%. Em números absolutos, são 2,77 milhões de casas endividadas na cidade em fevereiro de 2025.

“A leitura da entidade é que esse fenômeno pode ser também efeito do mercado de trabalho aquecido e da massa de renda, que faz com que mais pessoas façam compras de médio prazo”.

De acordo com a FecomercioSP, o alto endividamento pode ser explicado em razão de a maior parte das dívidas serem feitas com cartão de crédito - 82% das famílias endividadas citam a fatura como a despesa a ser paga.

Famílias sem condições de pagar as dívidas

A pesquisa mostra ainda que a porcentagem de famílias sem condições de pagar as dívidas atrasadas também caiu em fevereiro: de 8,7% em janeiro, para 8,3%, em fevereiro. No segundo mês de 2024, esse número era 9,4%.

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