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Febre do Oropouche: com presença de especialistas do Nordeste, seminário discute enfrentamento da doença no Ceará

Seminário reuniu autoridades do Ceará e de outros estados do nordeste A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) realizou, nesta segunda-feira (12), o s...

13/08/2024 às 11h01
Por: GIDEON CORREA Fonte: Secom Ceará
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Foto: Reprodução/Secom Ceará
Foto: Reprodução/Secom Ceará

Seminário reuniu autoridades do Ceará e de outros estados do nordeste

A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) realizou, nesta segunda-feira (12), o seminário “Febre do Oropouche: como enfrentar a arbovirose no Ceará”. O evento ocorreu na Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/CE) e recebeu autoridades da Sesa e de outros estados para compartilhar experiências no combate à doença.

Promovido pela Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde (Sevig) da Sesa, o seminário discutiu aspectos relacionados ao manejo clínico, diagnóstico laboratorial, vigilância, controle e medidas de prevenção da febre do Oropouche. Participaram médicos, enfermeiros e outros profissionais da saúde.

De acordo com a titular da Sesa, Tânia Mara Coelho, os participantes do seminário serão disseminadores do conteúdo divulgado durante o evento. “Esse curso está capacitando mais de 300 profissionais da saúde, tanto presencialmente como on-line, para que eles possam aprender os sintomas, características da doença, fazer o diagnóstico e levar para as suas regiões. Vale ressaltar que a nossa vigilância tem sido bastante atuante. A cada caso em que ela é acionada, a gente vai buscar informações no próprio local para entender como foi que houve a contaminação e quais são as medidas que a gente pode tomar para controlar o surto”, diz.

Foto: Reprodução/Secom Ceará
Foto: Reprodução/Secom Ceará

O evento foi promovido pela pela Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde (Sevig) da Sesa

Apesar de não ser uma enfermidade desconhecida no Brasil, o titular da Sevig, Antonio Silva Lima Neto (Tanta) ressalta que a doença, historicamente, registrava casos apenas na região norte do país. Mas como agora o Ceará e outros estados vêm apresentando uma quantidade considerável de casos. Por isso, é preciso preparar a Rede de Saúde para dar as respostas necessárias para a população no atendimento e no tratamento adequados.

“É uma doença que traz uma série de perguntas ainda, mas já tem alguma descrição mais consistente de algumas características que ela tem demonstrado no nosso contexto. Esse é o momento que a gente escolheu para trabalhar a vigilância até o controle do transmissor da doença, além do tratamento. Sobretudo, ouvir alguns estados, no caso, Bahia e Pernambuco, que vivenciaram o problema um pouco antes da gente e têm reportado algumas complicações importantes que a doença pode causar em determinados segmentos. A Bahia identificou os dois primeiros óbitos já ocorridos no mundo e Pernambuco registrou óbitos fetais causados pelo vírus do Oropouche”, afirma.

O secretário lembra quando o Ceará começou a registrar casos da febre do Oropouche. “Nós tivemos o primeiro caso reportado aqui no município de Pacoti, ainda em meados de maio. E, ao longo desses dois últimos meses, a gente vem registrando sempre naquela região do Maciço do Baturité e são casos muito típicos, por enquanto. São casos que cursam com febre, muita dor de cabeça, dor no corpo. Muito parecido com a dengue”, diz.

O diretor-geral de Vigilância Ambiental da Secretaria da Saúde de Pernambuco (SES-PE), Eduardo Bezerra, comenta que o estado já registra 118 casos confirmados da doença e investiga nove perdas gestacionais, sendo confirmadas presenças do vírus em dois deles. Há, ainda, uma morte fetal comprovada em decorrência da doença em Pernambuco, sendo a primeira do tipo registrada na literatura médica brasileira. “A gente está desencadeando ações junto à assistência, à vigilância e, também, à orientação junto aos municípios”, diz.

Foto: Reprodução/Secom Ceará
Foto: Reprodução/Secom Ceará

O seminário ocorreu na Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/CE)

O diretor explica que o estado está intensificando as investigações dos casos suspeitos. “É extremamente importante a gente investigar não apenas clinicamente, mas a questão ambiental. É preciso que a gente compreenda como funciona porque a gente está trabalhando com um vetor diferente daquele que a gente tem, por exemplo, na dengue. Então é preciso a gente conhecer esse ambiente”, conta.

Eduardo Bezerra afirma que é importante a participação de outros estados nordestinos no seminário cearense para compartilhar conhecimento a respeito da doença em uma região com características em comum. “Discutir com os estados do nordeste é fundamental porque a gente tem um trânsito muito intenso entre os nossos estados e isso faz com que a gente tenha um universo maior, numa lógica diferente do que é a febre do Oropouche no norte do país”, comenta.

Rivia Barros, superintendente da Vigilância em Saúde do Estado da Bahia, também destaca a importância do intercâmbio de informações entre os estados do nordeste. “É necessário que todos os estados possam estar juntos e contribuindo para que a gente possa ter um melhor conhecimento sobre a febre do Oropouche”, afirma.

A superintendente relata que a Bahia registra 916 casos da doença já confirmados. “Nós estamos neste momento acompanhando esses casos e prevenindo a população, falando com as pessoas sobre como elas devem se comportar para que não possam ser acometidas pela febre do Oropouche”, diz.

Saiba mais sobre a doença

Assista ao seminário “Febre do Oropouche: o que saber para enfrentar a arbovirose no Ceará”

Manhã (12/8)

Tarde (12/8)

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