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Mulheres na linha de frente da preservação ambiental no Pará

Elas ocupam cargos estratégicos no Ideflor-Bio e lideram ações para proteger a biodiversidade e fortalecer políticas públicas sustentáveis no estado

08/03/2025 às 14h26
Por: GIDEON CORREA Fonte: Secom Pará
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Foto: Vinícius Leal (Ascom/Ideflor-Bio)
Foto: Vinícius Leal (Ascom/Ideflor-Bio)

Neste sábado, 8 de março, Dia Internacional da Mulher, o protagonismo feminino nas ações ambientais ganha destaque no Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Ideflor-Bio). O órgão, responsável pela gestão de Unidades de Conservação (UCs), concessões florestais e programas de biodiversidade, tem à frente de seus principais departamentos mulheres comprometidas com a conservação dos recursos naturais e o desenvolvimento sustentável da Amazônia.

Laís Mercedes (de verde) ao lado do governador Helder Barbalho e do presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto

A presença feminina no Ideflor-Bio reflete uma mudança estrutural importante na administração pública ambiental do Pará. Para o presidente do Instituto, Nilson Pinto, essa representatividade fortalece as políticas ambientais do estado.

“As mulheres têm um papel fundamental na gestão ambiental do Pará. Elas lideram com sensibilidade e competência diversas frentes estratégicas do Ideflor-Bio, garantindo a conservação da biodiversidade e a implementação de projetos sustentáveis. Seu trabalho é essencial para construirmos um futuro mais equilibrado e próspero para a Amazônia”, ressalta.

Laís Mercedes - gerente da Região Administrativa do Araguaia

Protagonismo -No sudeste paraense, Laís Mercedes, gerente da Região Administrativa do Araguaia, lidera a gestão do Parque Estadual da Serra dos Martírios/Andorinhas e da Área de Proteção Ambiental (APA) Araguaia. Para ela, a presença feminina nos cargos de liderança impacta diretamente no desenvolvimento social e econômico. “É fundamental termos mulheres à frente de cargos públicos e privados. Isso promove a igualdade de gênero e a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Hoje, essa data representa a mulher empoderada, que tem um papel muito mais forte e presente na sociedade”, destaca.

Mônica Furtado - gerente de Biodiversidade do Ideflor-Bio

Na capital paraense, Mônica Furtado, gerente de Biodiversidade do Ideflor-Bio, coordena iniciativas como o Projeto de Reintrodução e Monitoramento de Ararajubas, símbolo da fauna amazônica. Para ela, o governo estadual tem ampliado as oportunidades para as mulheres assumirem posições estratégicas.

Mônica Furtado - gerente de Biodiversidade do Ideflor-Bio

“O protagonismo feminino é incentivado na gestão pública do Pará. Temos mulheres à frente de diretorias, secretarias e projetos ambientais, o que fortalece a conservação da biodiversidade e a criação de Unidades de Conservação. Trabalhar com gestão pública e privada exige transparência, cooperação e incentivo à equipe, e as mulheres têm desempenhado esse papel com excelência”, afirma.

Lorena Lisboa - técnica em gestão ambiental do Ideflor-Bio

No arquipélago do Marajó, a bióloga Lorena Lisboa, técnica em gestão ambiental do Ideflor-Bio, ressalta a importância do olhar feminino para a resolução de problemas e a tomada de decisões no setor ambiental.

Lorena Lisboa - técnica em gestão ambiental do Ideflor-Bio

“A presença feminina traz uma perspectiva mais inclusiva e diversificada para a gestão ambiental. O Dia Internacional da Mulher é um marco de reconhecimento das conquistas históricas das mulheres, mas também um momento de reflexão sobre os desafios que ainda enfrentamos”, pontua. Segundo ela, a participação das mulheres na COP30, que será realizada em Belém em 2025, será essencial para a construção de soluções eficazes para a crise climática.

Na Diretoria de Gestão de Florestas Públicas, Cíntia Soares, gerente de Contratos Florestais, tem papel central na administração das concessões florestais do estado. Com mais de uma década de experiência no setor, ela reforça que as mulheres têm conquistado cada vez mais espaço em áreas tradicionalmente masculinas. “Há 13 anos, a gestão de florestas públicas e a agenda do setor madeireiro no Pará são comandadas por mulheres no Ideflor-Bio. Os resultados mostram que a liderança feminina é sinônimo de excelência e eficiência. Mas ainda precisamos vencer obstáculos e consolidar essa presença de forma definitiva”, afirma.

COP30 -Além do trabalho diário na gestão ambiental, as profissionais do Ideflor-Bio também estão atentas às discussões globais sobre sustentabilidade. A COP30, que colocará Belém no centro das decisões sobre mudanças climáticas, será uma oportunidade para o Pará demonstrar seus avanços na conservação da Amazônia. “Estamos felizes em receber a COP30 no nosso estado. Será uma chance de mostrar ao mundo o potencial da Amazônia, nossas áreas protegidas e fortalecer a preservação dos recursos naturais”, destaca Laís Mercedes.

Cíntia Soares - gerente de Contratos Florestais do Ideflor-Bio

Para Cíntia Soares, o evento reforça a importância da participação feminina no desenvolvimento de políticas públicas ambientais. “Nosso papel na COP30 será demonstrar como o Pará tem avançado na bioeconomia, no manejo florestal sustentável e na restauração ecológica. As mulheres estão liderando essas transformações e mostrando que é possível alinhar conservação ambiental e desenvolvimento econômico”, ressalta.

Cíntia Soares - gerente de Contratos Florestais do Ideflor-Bio

Valorização -Ao longo dos anos, o Ideflor-Bio tem se consolidado como um espaço de valorização do trabalho feminino, com mulheres ocupando posições estratégicas em diversas áreas. Esse avanço, no entanto, é fruto de uma luta histórica por igualdade e reconhecimento. “Cada mulher em um cargo de liderança é uma conquista diária. Precisamos continuar avançando para que o protagonismo feminino na gestão ambiental seja permanente e cada vez mais fortalecido”, conclui Cíntia.

Nilson Pinto conclui que, neste 8 de março, o Ideflor-Bio celebra a força, a competência e a dedicação de suas colaboradoras, que desempenham um papel essencial na proteção da Amazônia. “Seu trabalho não apenas preserva os ecossistemas naturais do estado, mas também inspira futuras gerações de mulheres a assumirem a liderança na defesa do meio ambiente”, enfatizou o presidente do Instituto.

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