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Projeto APEAP Busca Proteger Pegadas de Dinossauros e Registros Rupestres na Paraíba

Investigar pegadas de dinossauros e explorar sítios paleontológicos e arqueológicos em busca de registros rupestres ou marcas de nossos antepassado...

04/02/2025 às 18h37
Por: GIDEON CORREA Fonte: Secom Paraíba
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Foto: Reprodução/Secom Paraíba
Foto: Reprodução/Secom Paraíba

Investigar pegadas de dinossauros e explorar sítios paleontológicos e arqueológicos em busca de registros rupestres ou marcas de nossos antepassados no Alto Sertão da Paraíba é um dos desafios dos pesquisadores do Projeto de Atividades de Educação Ambiental e Patrimonial da Bacia Sedimentar do Rio do Peixe (APEAP). Porém o desafio vai mais além. Muitos dos registros encontrados estão sendo afetados pela ação humana e também pela própria ação da natureza, por isto o maior obstáculo é conscientizar toda a sociedade através de ações educativas sobre a importância da preservação do patrimônio histórico-cultural e ambiental.

O APEAP, fomentado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Ensino Superior (Secties-PB) em parceria com a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e a Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba (Fapesq-PB) tem investimento de mais de R$ 450 mil. O projeto tem como objetivo principal a preservação e difusão do patrimônio pré-histórico e histórico paraibano e conta com uma equipe multidisciplinar nas áreas de arqueologia, paleontologia, pedagogia, biologia, história e jornalismo, coordenada pelo Professor Dr. Juvandi de Souza Santos.

Os resultados desta primeira etapa da pesquisa é a realização do I Congresso Internacional de Paleontologia da Paraíba, que irá acontecer de 21 a 23 de março, e a publicação de um livro com os estudos feitos nos municípios de Sousa, Uiraúna, São João do Rio do Peixe e Poço de José de Moura. Na segunda etapa do projeto será publicado outro livro, e o grande objetivo final é a construção de um Geoparque mundial no intuito de conservar todos os 62 sítios paleontológicos e 15 sítios arqueológicos que existem atualmente na região. Por serem predominantemente ricos em registros pré-históricos, isso torna o lugar um epicentro internacional, atraindo estudiosos de todos os estados do Brasil e de países de outros continentes, turistas, curiosos e comunidade local, esta que tende a se beneficiar com os investimentos na região.

O secretário da Secties, Claudio Furtado destaca que “Esse projeto é muito importante, porque vai nos ajudar a mapear todos os sítios paleontológicos e arqueológicos da região, trazendo mais conhecimento e fortalecendo a pesquisa científica no nosso estado. E tudo isso só é possível com esse tipo de investimento, que ajuda a gente a avançar e crescer cada vez mais. O governo de João Azevêdo está investindo forte em ciência, tecnologia e inovação aqui no nosso estado. O Vale dos Dinossauros, em Sousa, é um exemplo claro desse compromisso. Além de impulsionar o turismo, esse investimento traz um grande avanço para a ciência, com o objetivo de transformar o parque em um geoparque reconhecido pela Unesco”, disse.

Um pouco da história

Desde os anos 60, principalmente nos anos 70, estudiosos desenvolvem pesquisas de cunho arqueológico e paleontológico na região da bacia sedimentar de Sousa. O pioneiro é o Padre italiano Giuseppe Leonardi e posteriormente o professor Ismar de Souza da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que juntos realizaram e desenvolveram pesquisas científicas sobre as descobertas de fósseis na Paraíba. O Projeto é desenvolvido tanto em campo nas regiões dos sítios quanto no laboratório de arqueologia e paleontologia da UEPB (LABAP), no qual são realizadas as atividades para conservação dos achados pré-históricos.

As regiões onde são realizadas as expedições e explorações ficam localizadas na Bacia Sedimentar do Rio do Peixe e só é possível explorar essas localidades quando o rio está seco e sob a orientação do guia local Luiz Carlos, ele tem uma vasta experiência nessas viagens e há mais de 30 décadas trabalha nas buscas de vestígios em sítios arqueológicos e paleontológicos. “Os paleontólogos e arqueólogos que estão inseridos no Projeto Rio do Peixe são muito valorosos, pois são eles que darão continuidade aos trabalhos desenvolvidos por Giuseppe Leonardi verificando as condições dos sítios com pegadas e inscrições rupestres e demais ocorrências no âmbito dessas ciências”, relatou Luíz.

Ong Movissauros vai atuar na valorização

Em 20 de novembro de 1996, Luíz Carlos Gomes sugeriu a criação de uma ONG, pois assim os pedidos em prol da valorização do Vale dos Dinossauros teriam outra significância, além daqueles feitos individualmente. Então, foi fundada a MOVISSAUROS (Associação Movimento de Preservação do Vale dos Dinossauros), “que ao iniciar sua atuação tirou o Vale dos Dinossauros do esquecimento em que se encontrava, pois, quando o Padre italiano Giuseppe Leonardi havia encerrado suas pesquisas em 1989, nada mais se falava sobre pegadas de dinossauros. Naqueles anos as emissoras de Sousa eram pouco atuantes, entretanto, quando os integrantes da MOVISSAUROS passaram a buscar os achados catalogados por Giuseppe e encontraram novas pegadas de dinossauros, os jornais da Paraíba abriram espaços para a divulgação desses achados, de novas pegadas”, afirmou Luíz Carlos.

O projeto e os resultados

As atividades em campo permitem que os estudantes participem de explorações de sítios arqueológicos e paleontológicos, localizando os registros de fósseis, microfósseis, icnofósseis e outros. Para este trabalho são utilizadas as técnicas de fotografias, vídeos, scanner e anotações detalhadas para garantir que todas as informações sejam capturadas com precisão. No laboratório, os estudantes realizam atividades de tombamento e registro de materiais arqueológicos e paleontológicos, além da higienização e organização desses materiais que serão usados em futuras pesquisas, aliando o trabalho prático com os estudos literários sobre a temática da pesquisa.

Foto: Reprodução/Secom Paraíba
Foto: Reprodução/Secom Paraíba
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