Com 409 anos de fundação, Belém, capital do Pará, tem prédios históricos que narram a história da cidade e seu processo de transformação urbanística. Entre eles, destaca-se o Espaço São José Liberto (ESJL), referência cultural, turística e patrimônio arquitetônico da cidade, na Praça Amazonas, no bairro do Jurunas.
O prédio principal foi construído em 1749, durante o período da Capitania do Grão-Pará, pelos frades capuchos de Nossa Senhora da Piedade, para abrigar o Convento de São José, cuja missão era a evangelização na Região Norte do Brasil. Com a expulsão dos jesuítas, o Estado passou a tomar conta do local em meados do século XVII. Ao longo de mais de dois séculos de existência, o local abrigou um depósito de pólvora, uma olaria, um quartel, um hospital, uma cadeia pública e, por fim, um presídio desativado em 1998.
Na segunda metade do século XX, o edifício foi ampliado com a adição de um novo prédio, anexo à primeira construção, que fora erguida com pedra, areia de praia e grude de peixe. No ano de 2002, após uma profunda reformulação, o prédio histórico voltou a funcionar como um espaço voltado para a valorização da cultura local e do turismo, reunindo diversos setores da economia criativa.
O local abriga o Jardim da Liberdade, a cela Memorial Cinzeiro, lojas de comercialização de joias artesanais em prata e outros metais nobres com gemas e elementos da matéria-prima regional, criadas por designers, ourives e lapidários que fazem parte do Programa Polo Joalheiro do Pará.
A visitação é gratuita, no local o visitante pode conferir uma variedade de artesanatos regionais, como cerâmicas marajoaras, tapajônicas, biojoias produzidas com insumos da rica floresta amazônica, artigos de moda autoral e outros produtos comercializados na Casa do Artesão. O ESJL abriga também o anfiteatro Coliseu das Artes, o Espaço Moda e o Museu de Gemas do Pará. Mantido pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme).
Jardim Liberdade- O jardim gemológico, localizado na área central, é considerado o único museu ao ar livre do Brasil. O espaço, em formato de mandala, reúne cristais, ametistas, citrinos e o exuberante quartzo rosa, cercado por fonte de água e ornamentado com plantas.
Museu de Gemas- No saguão de entrada, observa-se uma drusa de quartzo hialino, pesando 2,5 toneladas, encontrada no Vale do Rio Araguaia, representando a riqueza mineral do território paraense. No acervo, há mais de 4 mil peças, distribuídas em cinco salas, com exposições de cerâmica arqueológica marajoara e tapajônica, muiraquitãs milenares, gemas, tronco fossilizado, entre outros.
Casa do Artesão– O ambiente é voltado para comercialização colaborativa do artesanato paraense, com exposição de peças com traços marajoaras, trabalhados de modo cuidadoso e bem detalhado. As peças são oriundas de diversas regiões do Estado e utilizadas como ferramenta de geração de renda para os artesãos.
Cela Cinzeiro- Abriga a memória do tempo do presídio, com acervo de objetos usados pelos presidiários, além de recortes de jornal que noticia a rebelião ocorrida em 1998. A cela era utilizada como espaço de isolamento de detentos.
Espaço Moda– O espaço tem como propósito a consolidação da cadeia de criação e produção dos microempresários na fabricação de vestuários, com peças temáticas inspiradas em ícones da cidade de Belém, tecidos biodegradáveis, reutilização criativa com a integração de matéria-prima amazônica.
Anfiteatro Coliseu das Artes- com capacidade para 600 pessoas, o local funciona para realizações de apresentações culturais, desfile de joias, grupos folclóricos, teatro, exposições de lazer e outros.
Serviço- O Espaço São José funciona de terça a sábado, das 10h às 18h, e aos domingos e feriados de 10h às 14h. O agendamento de eventos no ESJL pode ser realizado, por meio do e-mail [email protected] .
Mín. 20° Máx. 26°