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De Braços Abertos: projeto planeja aprimorar assistência à saúde no Ceará

A iniciativa da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) visa fortalecer a Atenção Primária à Saúde Organizar e qualificar os atendimentos nas diversas ...

10/10/2024 às 10h43
Por: GIDEON CORREA Fonte: Secom Ceará
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Foto: Reprodução/Secom Ceará
Foto: Reprodução/Secom Ceará

A iniciativa da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) visa fortalecer a Atenção Primária à Saúde

Organizar e qualificar os atendimentos nas diversas esferas de saúde, desde a atenção primária (como as unidades básicas de saúde) até a assistência de alta complexidade (como os hospitais), para promover o cuidado integral e melhorar o acesso à saúde dos cearenses. Esse é um dos principais objetivos do projeto De Braços Abertos, que está em funcionamento no estado. A iniciativa da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) visa fortalecer a Atenção Primária à Saúde.

Para atingir essa meta, o projeto tem três eixos de execução: plano de educação permanente para a atenção primária, planificação da atenção à saúde e organização de uma rede de articuladores nas cinco regiões de saúde do Ceará.

“O objetivo principal é fortalecer a atenção primária como porta de entrada do sistema de saúde, promovendo sua integração com a atenção especializada ambulatorial e hospitalar, de modo que o usuário tenha suas necessidades de saúde atendidas na rede de maneira mais eficiente”, explica a coordenadora de Atenção Primária à Saúde da Sesa, Thaís Facó.

Entre os pontos analisados na Atenção Básica, estão a gestão populacional do território de saúde, o acesso aos atendimentos e a segurança do paciente.

“Os agentes comunitários de saúde têm papel fundamental nesse contexto, pois estão mais próximos da comunidade e dos usuários compreendendo o contexto social em que estão inseridos, como violência e desemprego. Com a estratificação de risco familiar, podem identificar as famílias mais vulneráveis para planejar o cuidado com base nas prioridades”, destaca Thaís Facó.

A estratificação de risco familiar é um dos instrumentos utilizados na planificação, na qual é possível classificar pessoas em diferentes grupos, com base em critérios específicos. Dessa forma, os agentes que atuam nas comunidades podem identificar as necessidades de saúde de cada grupo e os riscos a que estão expostos, orientando, assim, as linhas de cuidado prioritárias na região e programas a serem desenvolvidos, por exemplo.

De Braços Abertos

O projeto De Braços Abertos começou sua implantação com o desenvolvimento da planificação no início de 2024, na Superintendência Regional Litoral Leste. A intenção é expandir para todas as regiões de saúde do Ceará.

Foto: Reprodução/Secom Ceará
Foto: Reprodução/Secom Ceará

“A planificação da atenção à saúde é composta por oito etapas que envolvem os processos de trabalho da atenção primária. O seu desenvolvimento conta com o apoio da consultoria do Conass [Conselho Nacional de Secretários de Saúde]. As atividades são desenvolvidas com a participação dos profissionais das equipes de saúde da família, que elaboram e monitoram os planos de ação com foco no aperfeiçoamento dos fluxos e processos de trabalho das unidades básicas de saúde”, pontua.

Além do Conass, esse planejamento ocorre em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS); a Umane (associação civil sem fins lucrativos); o Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Ceará (Cosems-CE) e o Conselho Nacional de Secretarias municipais de Saúde (Conasems).

Eixo dois do programa, planificação está em andamento no Ceará

A Planificação da Atenção à Saúde é um conjunto de ações que visa organizar os processos de trabalho das unidades de saúde e integrar as atenções primária e especializada ambulatorial e hospitalar.

O eixo dois está em andamento na Região do Litoral Leste, primeira a receber o programa, integrando as ações na Atenção Primária e Ambulatorial, com foco nas áreas materno-infantil e de doenças crônicas.

Foto: Reprodução/Secom Ceará
Foto: Reprodução/Secom Ceará

A Planificação da Atenção à Saúde visa organizar os processos de trabalho das unidades de saúde e integrar as atenções primária, especializada, ambulatorial e hospitalar

“Por meio do desenvolvimento dos eixos de ação, o Projeto pretende promover uma avaliação mais criteriosa dos pacientes com doenças crônicas a partir da estratificação de risco de diabéticos e hipertensos, por exemplo, na Atenção Primária. E, dessa forma, evitar encaminhamentos desnecessários para as policlínicas regionais e internações”, disse a coordenadora.

No mês de agosto, a Superintendência Regional do Cariri recebeu as oficinas do projeto. No primeiro semestre de 2025, a Região do Sertão Central também vai receber as capacitações do programa.

Cariri participa de iniciativa piloto

No Cariri, o eixo dois do Projeto de Braços Abertos tem seu desenvolvimento em formato inovador. A planificação inclui não somente a atenção primária e a ambulatorial especializada, como no modelo tradicional, mas também a atenção hospitalar e a governança regional. “Na Região Sul, a organização de todos os níveis está acontecendo simultaneamente, contribuindo para a qualificação de toda a rede de atenção à saúde na região”, explica Thaís Facó. Esse modelo de planificação ampliada é pioneiro para o Brasil e a América Latina.

Segundo a superintendente da Região de Saúde do Cariri, Tereza Cristina Mota, serão beneficiados 45 municípios da região. “Um dos grandes objetivos é a redução da mortalidade infantil para um dígito até dezembro de 2025”.

A coordenadora diz que, no caso específico do Cariri, essa meta foi escolhida porque promove uma melhoria de vários indicadores. “Para diminuir a mortalidade infantil, é preciso melhorar a atenção à gestante. Dessa forma, os níveis de atenção precisam estar prontos para rastreá-la e, para isso, a organização do trabalho é essencial, assim como a comunicação. Porque se for identificado algum risco, a grávida será prontamente encaminhada, mas não perde a conexão com o território de origem, onde a equipe de saúde da família continua realizando o acompanhamento pré-natal na unidade básica de saúde, monitorando a realização de consultas, exames e promovendo orientações”.

Nesta etapa, participam quase 600 unidades de saúde da família e outros equipamentos dos municípios e da Rede Sesa.

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