O Teste de Provocação Oral (TPO) é um exame considerado “padrão ouro” para diagnosticar ou excluir casos de alergias a alimentos ou medicamentos. Referência no atendimento terciário de alta complexidade para crianças e adolescentes, o Hospital Infantil Albert Sabin (Hias), da Secretaria da Saúde do Ceará, oferece o serviço aos pequenos cearenses com toda a estrutura necessária para realizar o procedimento de forma segura. Podem realizar o exame, aquelas crianças já cadastradas no programa e que estão em tratamento no Hias.
O teste é indicado principalmente em duas situações: para confirmar ou excluir diagnósticos de alergia alimentar e para avaliar a possível cura. “O exame é feito em um ambulatório especializado de alergia e imunologia. Durante os testes, a introdução aos alimentos é feita em porções pequenas e os pacientes são monitorados por uma a duas horas após a ingestão”, conta a pediatra e alergologista do Hias, Kaila Medeiros.
Lorena Lima é enfermeira e mãe de Bento, paciente de 5 anos, acompanhado pelo ambulatório e pelo Programa de Alergia à Proteína do Leite de Vaca (APLV) do Hias. Ela conta que o filho foi diagnosticado com a alergia aos 45 dias de vida e, desde então, passou a ser acompanhado de perto por profissionais de saúde.
“Após uma série de exames, Bento foi encaminhado para realizar o TPO. Recebemos todo o acolhimento necessário para que meu filho se sentisse confortável durante o processo. Felizmente, Bento não apresentou mais sintomas de alergia durante o teste, o que indicou uma evolução positiva em seu quadro”, conclui Lorena.
Lorena e o pequeno Bento, de 5 anos, paciente acompanhado pelo ambulatório e pelo Programa de Alergia à Proteína do Leite de Vaca (APLV) do Hias
Os pacientes do Hias contam com o aparato necessário para garantir uma avaliação segura, o que inclui medicamentos anti-histamínicos, corticoides e adrenalina, entre outros aparatos.
Os métodos e precauções envolvidos no exame têm o intuito de não colocar a vida do paciente em risco ou deixá-lo sem assistência necessária, principalmente em casos considerados potencialmente graves, após a ingestão de um alimento, com sinais de anafilaxia ou inchaço da boca. “Apesar de estarmos preparados para casos extremos, na maioria das vezes, isso não acontece” relata a alergologista.
“A introdução aos alimentos é feita em porções pequenas, e quando fazemos essas avaliações, temos um detalhamento minucioso dos casos dos pacientes, muitos dos casos com indícios de recuperação total, já que algumas alergias alimentares podem naturalmente evoluir para cura”, contextualiza Kaila Medeiros.
Para efetivar os testes e garantir a confiabilidade dos resultados, os pacientes precisam estar em boas condições de saúde, sem sintomas de alergia, febre, nariz escorrendo ou dor de barriga e sem uso recente de antialérgicos e corticoides. O intuito é que não haja fatores que possam confundir o diagnóstico da alergia.
As crianças atendidas pelo Programa de Alergia à Proteína do Leite de Vaca (APLV) do Hias contam com um atendimento com equipe multiprofissional que abrange gastroenterologistas, alergologistas, nutricionistas, psicólogos e enfermeiros, além das fórmulas dispensadas para atender às necessidades específicas das crianças com a alergia.
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