Reuniões estratégicas no Marajó definem metas de ordenamento territorial e regulação da extração do açaí

O Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) participou de reuniões estratégicas no Arquipélago do Marajó, no último fim de semana, na busca pelo ordenamento territorial e a sustentabilidade na região. Uma das reuniões foi do Conselho Gestor da Reserva Extrativista (Resex) Marinha de Soure, onde o gerente da Região Administrativa do Marajó, Hugo Dias, representou o Instituto em discussões sobre o uso dos recursos ambientais da Área de Proteção Ambiental (APA) Marajó e da Resex.

No encontro, que contou com a participação de representantes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e outras entidades públicas e da sociedade civil, foram estabelecidas metas conjuntas para o uso e manejo sustentável da área. A colaboração entre os órgãos busca garantir a preservação da biodiversidade e o desenvolvimento das atividades extrativistas tradicionais na Resex, promovendo uma gestão mais integrada e eficiente.

"A participação do Ideflor-Bio no Conselho Gestor é fundamental para alinharmos as ações de preservação ambiental com o desenvolvimento sustentável das comunidades locais. Nossa prioridade é garantir que o uso dos recursos naturais ocorra de forma ordenada e em harmonia com a preservação da APA Marajó e da Resex", afirmou Hugo Dias.

Extrativismo -Além da reunião com o Conselho Gestor, o Ideflor-Bio realizou um encontro com os peconheiros de Soure e Salvaterra para tratar sobre a extração do açaí durante o período de maturação do fruto. O açaí é uma das principais atividades econômicas da região, e o ordenamento de sua extração é fundamental para evitar impactos ambientais e garantir a qualidade do produto.

Entre os temas abordados, foi destacada a necessidade de um monitoramento mais eficiente das áreas de extração, a fiscalização conjunta entre as autoridades ambientais e os próprios extrativistas, além do fomento a práticas que respeitem o ciclo natural de maturação do açaí. O objetivo é evitar a colheita prematura e garantir uma produção sustentável e economicamente viável para os peconheiros.

A reunião também estabeleceu metas para a regulamentação do período de maturação do açaí, visando organizar melhor a atividade extrativista e preservar os recursos naturais. A ideia é que essa regulação seja feita em parceria com os próprios extrativistas, respeitando seus conhecimentos tradicionais e promovendo práticas sustentáveis.

“Com essas ações, o Ideflor-Bio reafirma seu compromisso com a preservação dos recursos ambientais no Arquipélago do Marajó, ao mesmo tempo, em que fomenta o desenvolvimento sustentável das comunidades extrativistas. O trabalho conjunto com o ICMBio e os peconheiros fortalece a gestão participativa e o equilíbrio entre conservação e economia local”, concluiu Hugo Dias.