Foto: Thiago Kaue / SECOM
O trabalho das Centrais de Abastecimento do Estado (Ceasa) é focado em incentivar o desenvolvimento do agronegócio, com base no fortalecimento de agricultores, cooperativas, empresas e comerciantes. A Ceasa é fundamental para garantir o abastecimento de hortifrutigranjeiros no mercado, com qualidade e bons preços, e é conhecida como uma grande vitrine de Santa Catarina para os produtos da agricultura familiar catarinense.
A data de aniversário é 29 de setembro de 1976. São 48 anos de fundação e 46 anos de atividades, já que a primeira unidade foi inaugurada dois anos depois. Ao longo dessas décadas, a direção vem trabalhando para que a Ceasa siga sendo um modelo para o país, cada vez mais moderna e eficiente.
“Comemorar os 48 anos das Centrais de Abastecimento de Santa Catarina, com certeza, é um grande orgulho para nós. Ela representa a ponte entre o produtor rural e o consumidor, possibilitando chegar à mesa dos catarinenses alimentos com alta qualidade, com rastreabilidade e principalmente com segurança alimentar. É um setor que merece muito respeito, consideração e incentivo”, destacou o diretor-presidente da Ceasa, Sandro Vidal.
A Ceasa é uma empresa de economia mista vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária. Com o passar dos anos, a unidade de São José, na Grande Florianópolis, a primeira instalada no estado, cresceu e se consolidou como o maior ponto de distribuição de hortifrutigranjeiros de Santa Catarina. Hoje, além da regional de São José, os produtores podem contar com as unidades de Blumenau, no Vale do Itajaí, e de Tubarão, na região Sul.
A Ceasa não é a responsável pela comercialização dos produtos, ela oferece a estrutura necessária para que os produtores rurais e atacadistas possam vender os seus alimentos. Nas Centrais, os consumidores encontram uma grande variedade de frutas, verduras e hortaliças, além dos ovos e produtos como frios, feijão, arroz, trigo, açúcar, mel, biscoitos, conservas, etc.
“A Ceasa é fundamental para fazer com que o produtor tenha um ponto de venda, fugindo do atravessador. Não é somente venda, mas é uma forma de fomento, um cinturão verde nas cidades. De forma integrada estamos trabalhando para ajudar o agricultor a produzir, ter garantias para comercializar e ampliar as possibilidades de venda. O objetivo é ter produtos nobres, de qualidade, que remuneram o produtor, mas que também favoreçam o nosso consumidor”, ressaltou o secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Valdir Colatto.
Em 2023, as Centrais de Abastecimento do Estado movimentaram mais de 309 mil toneladas de frutas e hortaliças. Esse volume resultou na quantia de R$ 1,35 bilhão, movimentando a economia catarinense. Nas três unidades, são 181 empresas instaladas nos boxes e mais de mil produtores rurais cadastrados, um trabalho que emprega cerca de duas mil e quinhentas pessoas de forma direta e milhares de outras indiretamente. São aproximadamente 6 mil pessoas circulando todos os dias pelos pavilhões.
Além de ser elo entre o comerciante e o consumidor, a Ceasa disponibiliza, todos os dias, a cotação de preços no atacado e participa de projetos sociais com a doação de alimentos para famílias cadastradas. O relatório da cotação de preços é resultado de uma pesquisa diária, nos principais centros atacadistas de hortifrutigranjeiros do Estado. É uma ferramenta importante que os comerciantes têm como base para precificar os seus produtos.
A lista com os preços, em um formato mais compacto vai para o instagram da Ceasa (@ceasasc) e a listagem em PDF, com todos os preços dos produtos coletados, para aquele dia, a pessoa interessada encontra no site .
Os preços coletados também são enviados para outras instituições como Conab, Epagri e Cidasc, por meio de um termo de cooperação técnica, e servem como subsídio para estudos e publicações.
A Ceasa trabalha para garantir a segurança alimentar e proteger a saúde do consumidor e do produtor. A exigência para a comercialização é que os alimentos tenham a etiqueta de rastreabilidade. Por meio do celular, basta fazer a leitura do QR Code. A rastreabilidade dos alimentos é um processo que registra e identifica todas as etapas de produção, desde a origem até o destino, incluindo o processamento, transporte e distribuição.
Em Santa Catarina, a Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (SAR), por meio da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), disponibiliza gratuitamente um sistema que possibilita a rastreabilidade de forma prática e simples. É o chamado e-Origem, que está disponível no site da Cidasc .
A Ceasa também conta com o Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos nos produtos comercializados. Todo o ano, são avaliadas, em laboratório, 120 amostras para analisar a qualidade dos alimentos, identificar a presença ou não de agrotóxicos e se houver, verificar se a quantidade aplicada está dentro do permitido. Além disso, é checado se o agrotóxico tem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O programa é desenvolvido pela Ceasa, a partir de um termo de compromisso de ajustamento de conduta firmado com o Ministério Público Estadual.
Uma pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em abril deste ano, apontou que Santa Catarina é destaque nacional como o estado com a maior segurança alimentar do país. Saiba mais aqui.
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