Foto: Ricardo Wolffenbuttel / Arquivo / SECOM
O câncer de intestino, também conhecido como câncer de cólon e reto, é uma das doenças mais frequentes no Sul do Brasil, sendo o terceiro tipo de câncer mais comum na região. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), Santa Catarina deverá registrar cerca de 2.470 novos casos da doença em 2024, com 230 ocorrências previstas apenas em Florianópolis. O Centro de Pesquisas Oncológicas (Cepon), unidade de referência do Governo do Estado, desempenha um papel crucial no diagnóstico e tratamento desses pacientes. De janeiro a agosto de 2024, atendeu 302 pessoas com câncer de intestino, realizou 100 cirurgias e conduziu 445 exames de colonoscopia.
O câncer de intestino geralmente se desenvolve a partir de pólipos benignos no cólon, reto ou ânus. Esses pólipos podem, ao longo do tempo, sofrer alterações genéticas e se transformar em tumores malignos. Por ser uma doença silenciosa no início, a maioria dos casos avança sem sintomas, tornando a detecção precoce essencial. De acordo com o presidente da Fahece, Alvim Lammin, que administra o Cepom em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), o diagnóstico precoce faz toda a diferença no tratamento. “Identificar o câncer em estágios iniciais aumenta muito as chances de cura e melhora a qualidade de vida do paciente”, afirma.
A prevenção desse tipo de câncer se divide em dois níveis. A primária envolve a adoção de hábitos de vida saudáveis, como manter uma alimentação balanceada. Já a prevenção secundária foca na detecção precoce por meio de exames como a colonoscopia, que permite a visualização completa do intestino grosso.
O diretor-geral do Cepon, Marcelo Zanchet, explica que foi investido em novos equipamentos tecnológicos para realizar exames internamente, o que acelerou os diagnósticos e o início dos tratamentos. “O Cepon adquiriu uma nova torre de endoscopia, com três aparelhos de endoscopia digestiva alta e dois de colonoscopia, permitindo a realização de exames internamente, o que reduz o tempo de espera e acelera o diagnóstico e tratamento. Além da aquisição de uma plataforma de vídeo com resolução 4K para realização de cirurgias minimamente invasivas”, cita.
No Cepon, quando um exame de colonoscopia indica uma alteração suspeita no intestino, é realizada uma biópsia para confirmar o diagnóstico de câncer. Caso positivo, o tratamento é iniciado rapidamente. Os sinais de alerta para o câncer de intestino são mudanças nos hábitos intestinais, presença de sangue nas fezes, emagrecimento e anemia sem causa aparente. “Em alguns casos, o tumor pode causar uma obstrução ou suboclusão intestinal, resultando em sintomas como náusea, vômito e distensão abdominal. Por isso, é fundamental realizar exames de rastreamento, como a colonoscopia, a partir dos 45 anos. Dependendo do resultado, o exame deve ser repetido a cada 5 ou 10 anos”, explica o coordenador de cirurgia abdominal do Cepon e cirurgião oncológico, Eduardo Zanella.
Cerca de 80% a 90% dos casos de câncer de intestino começam como pólipos, que podem levar até sete anos para se transformar em câncer. Esse período representa uma janela crucial para a remoção dos pólipos durante os exames de rastreamento, prevenindo a evolução da doença. “Depois do diagnóstico precoce, a segunda coisa mais importante no tratamento do câncer colorretal é a possibilidade de remoção cirúrgica. Pacientes que são adequadamente operados, comprovadamente, têm melhores resultados. E isso conseguimos oferecer no serviço de cirurgia oncológica, graças à qualidade e titulação dos nossos profissionais, sem exceção, aqui no Cepon”, esclarece o cirurgião.
Com equipamentos modernos e profissionais altamente capacitados, o Cepon presta assistência de excelência a pacientes oncológicos, no âmbito do SUS, em Santa Catarina. “Oferecemos a possibilidade de realizar cirurgias minimamente invasivas, como a laparoscopia, em que pequenas incisões são feitas para a remoção do tumor. Essa técnica proporciona uma recuperação mais rápida, com menos dor e melhor resultado estético, sem comprometer a eficácia do tratamento”, conclui Eduardo, sobre o diferencial do Cepon.
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