O Curitiba Rugby Clube, que oferta aulas da modalidade para crianças no contraturno escolar, promove nesta quinta-feira (13) mais uma edição do Festival VOR – Vivendo o Rugby. São esperadas mais de 400 crianças, de oito escolas municipais, para uma tarde de oficinas e partidas de rugby, além de lanche ao final das atividades. O evento acontece entre 14h e 16h. A iniciativa tem o apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria do Esporte (SEES).
Tanto as aulas para o ensino a modalidade como as atividades do Festival VOR acontecem no campo da SEES, no bairro Capão da Imbuia, em Curitiba.
O presidente do clube, Gabriel Cristino, explica que o Festival VOR recebe crianças e pais que queiram aprender e ter o primeiro contato com o esporte. “É uma oportunidade para os primeiros passos, primeiras corridas com as crianças e até com os pais que vierem com os filhos. Estamos organizando a estrutura para acolher todo mundo”, diz Cristino.
Ele conta que o Curitiba Rugby Clube tem 41 anos de história e nele se desenvolveram vários atletas que encontraram oportunidades em outros estados e países. Casos de Julia Ferreira, Maysa Fernandes e Douglas Rauth, que surgiram no projeto do contraturno escolar e já defenderam a Seleção Brasileira.
Quem também treina no clube há alguns anos é a atleta olímpica Rafaella Zanelato, eleita a melhor jogadora da modalidade no Brasil em 2019 e que disputou os Jogos Olímpicos de Tóquio pela Seleção Brasileira de Rugby Sevens, na qual já tem vaga garantida em Paris 2024.
Brenda Domingos, coordenadora do Festival VOR, é um exemplo de quem completou o desenvolvimento na modalidade por meio do Curitiba Rugby Clube. Ela começou aos 13 anos, como aluna no contraturno escolar, jogou no time, obteve bolsa para a faculdade por conta do rugby e agora trabalha no clube.
“Estamos todos muito ansiosos e as crianças estão bem empolgadas para vir aqui jogar com a gente. São crianças de todos os nossos polos, de todas as escolas parceiras do projeto. Por ser um projeto social, a gente não faz com objetivo competitivo, e sim participativo, para que todos possam jogar o mesmo número de jogos e se divertir bastante, que é o principal”, finaliza.
AS AULAS– Durante a semana, de segunda a quinta-feira, são oferecidas aulas de rugby na sede da SEES, no mesmo horário, entre 14h e 16h, atendendo duas escolas por dia. O projeto começou há 8 anos, de forma voluntária, com o objetivo de trazer as crianças para perto da modalidade.
A ideia, segundo Gabriel Cristino, é que tudo funcione como uma engrenagem: os alunos começam nas aulas do projeto e os melhores passam a treinar no clube na idade juvenil. Chegando à fase adulta partem para a universidade de Educação Física ou Fisioterapia, e retornam para o projeto como estagiários.
O atual presidente conta que conheceu o campo de rugby da SEES ainda quando jogador, há 21 anos. “Quando a gente chegou aqui, eu lembro muito bem que o gramado era bem alto. Era uma estrutura que não estava sendo usada devidamente e nós abraçamos e ideia porque, até então, treinávamos em parques”, conta.
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