Criada em maio deste ano, a FDSMS (Federação Desportiva de Surdos de Mato Grosso do Sul) abre caminho para dar mais visibilidade ao esporte surdolímpico em Mato Grosso do Sul e ampliar a participação de atletas e clubes em competições a nível nacional.
Representantes da entidade recém-fundada estiveram na Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul) nesta semana para apresentar os princípios, visões e objetivos da federação. “Os surdoatletas têm enorme potencial e, muitas vezes, não são abraçados por entidades que administram o desporto a nível nacional. Esses atletas devem ser vistos capazes de realizar qualquer atividade esportiva”, destaca o diretor-presidente da Fundesporte, Herculano Borges.
A Fundesporte realizou orientação técnica para a implantação da nova entidade desportiva. “Com a criação da federação, haverá agora o intercâmbio de modalidades esportivas entre os clubes e associações do estado, pleitear recursos para realizar eventos e estender a divulgação do esporte surdolímpico por todo Mato Grosso do Sul, dando visibilidade”, completa o titular da Fundação.
Até o momento, quatro associações estão filiadas à FDSMS: Associação Pantanal dos Surdos de Mato Grosso do Sul e Associação dos Familiares, Amigos e Profissionais Surdos de Mato Grosso do Sul, de Campo Grande; Associação de Surdos e Tradutores – Intérpretes Mãos Douradas, de Dourados, e Associação Naviraiense das Pessoas com Deficiência, de Naviraí.
De acordo com censo de 2019 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no Brasil existem quase 10,7 milhões de deficientes auditivos. Segundo a CBDS (Confederação Brasileira de Desportos de Surdos), a surdez em si não implica em restrições à prática de atividade física e não existem esportes mais ou menos adequados para surdos. Entretanto, as limitações linguísticas e comunicacionais podem dificultar a compreensão e o relacionamento, interferindo na aprendizagem e no comportamento do indivíduo.
Texto e fotos: Lucas Castro – Fundesporte
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