Sucos e polpas de frutas nutritivos: esse é o destino de 70 toneladas de manga processadas por ano pela Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (Coopercuc). Hoje a unidade tem um lucro anual de cerca de R$ 2,5 milhões e é uma das encarregadas de levar o sabor da caatinga para o restante do Brasil e do mundo.
Da produção à colheita e processamento, a manga não passa por nenhum processo químico, atestando a relação consciente que a agricultura familiar tem com a natureza e sua produção de alimentos saudáveis e saborosos. A fruta agora é fonte de renda para diversas famílias agricultoras. “A manga é uma fruta que era toda perdida na região. Hoje a gente consegue aproveitar e gerar renda para o produtor”, conta o gerente de produção da Coopercuc, José Milton.
Com a chegada de mais de R$ 4 milhões em investimentos da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), através dos projetos Pró-Semiárido e Bahia Produtiva, executados pela CAR, a cooperativa foi beneficiada com máquinas, equipamentos, assistência técnica e com a implantação de uma agroindústria.
“O Estado tem tido importância na política de desenvolvimento econômico para as entidades, com foco na produção e comercialização. A SDR, com a CAR e os projetos, tem dialogado bastante com as bases e tem tido um papel fundamental nesse quesito da comercialização, juntamente com o Bahia Produtiva, com a ideia de ATER e ATEG, e com o Pró-Semiárido também, que tem feito todo um trabalho de aporte na base de produção e com foco também voltado para a comercialização”, explica o presidente da Coopercuc, Adilson Ribeiro.
Hoje a cooperativa conta com 285 cooperados e gera, direta e indiretamente, mais de 180 empregos. Um dos beneficiados é Weliton Dias, agricultor familiar da comunidade de Escondido, no município de Uauá, que viu sua produção ser valorizada após a chegada dos investimentos do Governo do Estado na cooperativa.
“Na minha propriedade trabalha eu, meu irmão e minha mãe e nós fornecemos frutos para a Coopercuc. O desperdício era quase 100% da manga, a gente praticamente trabalhava e não tinha lucro. Hoje em dia eles recolhem a safra completa. A manga que a gente colhe está alimentando várias pessoas e divulgando a história da nossa comunidade tanto no Brasil e em outros países também”, comemora Weliton.
O Pró-Semiárido é executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa pública ligada à SDR, e cofinanciado pelo FIDA. O Bahia Produtiva também é executado pela CAR e tem cofinanciamento do Banco Mundial.
Fonte: Ascom/SDR