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Tecnologia Amazonas

Pesquisa analisa saberes medicinais milenares para identificar novos fármacos

O estudo tem o apoio do Governo do Estado, por meio do Programa Fapeam: Mulheres na Ciência e incentiva estudos sobre a Amazônia

23/02/2023 às 13h20
Por: GIDEON CORREA Fonte: Secom Amazonas
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Foto: Reprodução/Secom Amazonas
Foto: Reprodução/Secom Amazonas

O estudo tem o apoio do Governo do Estado, por meio do Programa Fapeam: Mulheres na Ciência

A pesquisa apoiada pelo Governo do Estado, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), incentiva estudos sobre saberes amazônicos relacionados ao conhecimento medicinal popular, com foco em plantas medicinais. A ideia é garantir com que os aprendizados milenares adquiridos durante séculos passados não sejam perdidos com o passar do tempo, além de identificar novos fármacos baseados na experiência popular.

Desenvolvida no Centro de Estudos Superiores de Tefé (distante 523 quilômetros de Manaus) da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), no Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA) e na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), ambas localizadas na cidade de Manaus, a pesquisa integra o Programa Fapeam: Mulheres na Ciência, edital Nº 001/2021.

Entre as espécies de plantas analisadas pela pesquisa, estão: Costus spicatus, popularmente conhecida como “pobre velho”, muito usada no tratamento de infecção urinária e para qualquer tipo de inflamação; a Bauhinia rutilans Spruce, conhecida como “escada de jaboti”, no tratamento de verminose; e Petiveria alliacea, comumente chamada de “mucuracaá”, o chá das folhas é usado no tratamento de infecção, dores nas costas, rim, gastrite e gripe.

A coordenadora da pesquisa, Elzalina Ribeiro Soares, ressalta que o estudo além de contribuir com o conhecimento químico das famílias Costaceae, Fabaceae e Phytolaccaceae, por meio das análises dos extratos aquosos e frações aquosas das espécies Costus sp, Bauhinia rutilans Spruce e Petiveria alliacea, respectivamente, pode-se continuar a busca por novos fármacos para cura de várias enfermidades conhecidas e outras que poderão surgir.

“A proposta apresenta estudos fitoquímicos de plantas medicinais utilizadas no município de Tefé, visando entrelaçar o conhecimento empírico dos ribeirinhos com novas técnicas de análises químicas e por ferramentas de modelagem molecular. Assim podendo identificar novos fármacos baseados no conhecimento popular da região Amazônica”, disse Elzalina Ribeiro.

Após a conclusão, o estudo ficará à disposição no Centro de Estudos Superiores de Tefé da UEA, o qual também será divulgado nas feiras do município, eventos científicos na UEA e em artigos científicos.

Resultados esperados

Segundo o estudo, pretende-se através do isolamento e caracterização das substâncias, contribuir com os saberes etnobotânico e etnofarmacológico das plantas medicinais, como promissores para o fornecimento de substâncias de notório potencial biológico, podendo, no futuro, ser explorado o potencial para o desenvolvimento de fitoterápicos.

Mulheres na Ciência

O Programa Fapeam: Mulheres na Ciência apoia propostas a serem desenvolvidas no interior do estado, coordenadas por pesquisadoras nas áreas de ciências exatas e da terra, engenharias e ciências agrárias como forma de dar visibilidade a projetos, valorizar e reconhecer o protagonismo feminino nas respectivas áreas no âmbito das ações de ciência, tecnologia e inovação.

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