O cineminha do Shopping da Criança em São Luís ficou pequeno, nesta sexta feira (07). As mães que têm filhos pacientes da unidade e servidoras do órgão participaram de uma roda de diálogo sobre a rede de proteção à mulher, oficinas e atividades alusiva ao 8 de março, data em que se comemora o Dia Internacional da Mulher.
O Shopping da Criança tem um olhar sensível ao governador Carlos Brandão e da primeira-dama Larissa Brandão. O órgão é vinculado a Secretaria de Estado de Governo (Segov) e faz parte dos projetos especiais governo, com atendimento a crianças de 0 a 12 anos.
Uma experiencia importante e única para Andreyna Cristina, que trata o filho no shopping. “Eu achei de fundamental importância porque já sabia de algumas coisas mais de forma superficial, essa troca de experiência nos permitiu aprofundar mais sobre esses assuntos de proteção, denúncia e rede de apoio, um cuidado a mais do shopping, que além de tratar os nossos filhos nos dá esse apoio como mães”, relatou.
Segundo a psicóloga que coordenou a roda de diálogo, Edla Ferreira, é importante discutir o assunto porque o contexto de violência ainda é muito preocupante. “Nós viemos conversar com mães que são usuárias aqui dessa unidade sobre os diretos da mulher, o empoderamento, prevenção às violências, Lei Maria da Penha, como buscar ajuda quando necessário, quais são as instruções e o que a justiça já oferece para mulheres que vivem essa situação ou que conheça alguém que viva e que possa auxiliar outras mulheres”, explicou a psicóloga que compõe a equipe multidisciplinar da coordenadoria da Mulher do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA).
Um grupo de mulheres que participou do evento durante a manhã, discutiu questões, tirou dúvidas e trocou experiências de vida, um aprendizado que vai ficar guardado em cada uma delas.
“Foi uma oportunidade ímpar, temos muitas mães aqui que além de cuidar dos filhos atípicos vivem em um contexto de vulnerabilidade, como Shopping da Criança, também temos a missão de dar um apoio a essa mãe que muitas vezes, além do transtorno do filho, precisa lidar com situações difíceis como a violência física e psicológica e dependência financeira de um agressor. Trazê-las mais para perto e ser parte dessa rede de apoio é também ajudar no tratamento da criança que nesse momento depende somente dessa Mãe”, destacou Luciana Figueiredo, gestora do shopping.
Autodefesa
No período da tarde, as mães participaram de oficina ministrada com educador físico sobre autodefesa. Ana Aline, mãe de uma criança atípica que faz tratamento no shopping, contou como foi a experiência. “Aprendemos sobre como nós, mulheres, devemos nos defender. Foi um momento muito interessante, no qual a gente aprendeu algumas manobras de autodefesa que vai servir para o nosso dia a dia”, concluiu.