Objetivo da ação é criar um novo cadastro desses empreendimentos e das entidades que apoiam a economia solidária – Foto: Divulgação/Sicos
O Governo de Santa Catarina, por meio da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Serviço (Sicos), deu início neste mês de dezembro a um mapeamento abrangente de empreendimentos de economia solidária em todo o estado. O objetivo da ação é criar um novo cadastro desses empreendimentos e das entidades que apoiam a economia solidária, além de estabelecer um banco de dados, mapa interativo e outras informações essenciais para o desenvolvimento de políticas públicas de fomento ao setor.
Em 2024, o Governo do Estado anunciou a liberação de R$ 1,2 milhão para fortalecer a economia solidária. Desse total, o governo destinou R$ 200 mil para o mapeamento. O restante será dividido igualmente para 10 projetos de fomento da comercialização dos produtos da economia solidária em diversos municípios catarinenses. O investimento do governo beneficiará feiras, eventos, estruturação e organização do setor.
“A liberação dos recursos e realização do mapeamento são essenciais para a formulação de políticas que deem apoio aos trabalhadores e trabalhadoras da economia solidária. Com isso, o estado incentiva a geração de emprego e renda, a produção feita em Santa Catarina, bem como a criação de oportunidades ”, afirmou o secretário de Estado de Indústria, Comércio e Serviço, Silvio Dreveck.
O Governo selecionou, por meio de chamamento público, a Fundação Universidade para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí (Unidavi) para realizar o mapeamento. A universidade conduzirá entrevistas e aplicará questionários com os empreendimentos de economia solidária, fornecendo informações que subsidiarão o governo estadual na elaboração de estratégias para o setor.
De acordo com o Atlas da Economia Solidária, em 2007 o estado de Santa Catarina possuía 690 empreendimentos desse tipo. Este número aumentou para 764 em 2013, representando um crescimento de 10%. A maior concentração desses empreendimentos estava na região Oeste, e a maioria era formada por cooperativas rurais, com foco na colaboração entre trabalhadores do campo. O novo mapeamento ajudará a atualizar o perfil dos empreendimentos de economia solidária no estado.
Fabiana Lopes Ribeiro, secretária do Conselho Estadual do Artesanato e da Economia Solidária (Ceaes), destacou a relevância do mapeamento. “Nós já realizamos reuniões com representantes da Unidavi e a universidade está se mobilizando para o mapeamento, que será realizado de maneira dialogada com o Fórum Catarinense de Economia Solidária (FCES), o Conselho Estadual do Artesanato e da Economia Solidária (Ceaes), as entidades de apoio e fomento da economia solidária, bem como a própria Sicos. Assim, conseguiremos coletar dados atualizados e traçar novas estratégias para apoiar os empreendedores da economia solidária”, afirmou.
A Economia Solidária é um modelo baseado em iniciativas coletivas e associativas, caracterizado pela autogestão e organização própria dos trabalhadores. O apoio do Governo de Santa Catarina a este setor visa promover, sobretudo, a geração de emprego, renda e oportunidades. Além disso, contribui para o desenvolvimento econômico e social e estimula a redução de desigualdades no estado.