Garantir que pessoas privadas de liberdade consigam fazer o Enem e entrar em um curso superior. Este é o objetivo do Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade (Enem PPL), que, nesta edição 2024, contará com a participação de 31 socioeducandos da Fundação da Criança e do Adolescente (Funac).
Foram inscritos adolescente e jovens do Centro Socioeducativo Florescer (2); Centro Socioeducativo de Internação do São Cristóvão (13); Centro Socioeducativo de Internação São José de Ribamar (9); e Centro Socioeducativo de Internação Sítio Nova Vida (7). As provas acontecem nos dias 10 e 11 deste mês.
A presidente da Funac, Sorimar Sabóia, explica que um dos objetivos da socioeducação é utilizar os métodos educacionais como uma ferramenta de transformação na vida desses adolescentes e jovens. Nesse contexto, segundo ela, esta iniciativa visa possibilitar aos socioeducandos a oportunidade de dar continuidade aos estudos. “Temos a obrigação de garantir aos adolescentes e jovens em cumprimento de medidas socioeducativas a oportunidade de se preparar para o ensino superior e para o mercado de trabalho e esta ação configura-se como essencial para a construção de uma base sólida de preparação e planejamento para o futuro”, afirma.
Funcionamento
O Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade segue o mesmo padrão da modalidade regular. Isso significa que os socioeducandos que participam dos exames e conseguem a pontuação mínima nas provas objetivas e na redação podem concorrer às vagas diretamente nos processos seletivos das faculdades. Também poderão pleitear o ingresso em um curso de graduação em universidades públicas por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), programa do Governo Federal, ou pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e Portal Único de Acesso ao Ensino Superior (ProUni) nas instituições de ensino superior privadas.
As avaliações incluem questões objetivas e redação, cobrindo as áreas de conhecimento e componentes curriculares do Ensino Médio.