O livro Luz, Câmera… Crítica! Arqueologia e Memória do Crítico Linduarte Noronha - Jornal A União, Anos 1950 - 1960, organizado por Lúcio Vilar e editorado na Editora A União, foi lançando nessa segunda-feira (2) no 57º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, na capital federal, e terá lançamento em João Pessoa nesta quinta-feira (5), na abertura do 19º Fest Aruanda, às 18h30, no Cinépolis do Manaíra Shopping.
A publicação reúne 60 textos do cineasta e crítico de cinema Linduarte Noronha, diretor do antológico Aruanda (1960), publicados entre 1956-1967 no centenário jornal A União, o mais longevo diário impresso paraibano. É o resultado de um esforço conjugado de pesquisa com base no projeto aprovado pelo Departamento de Mídias Digitais da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), e foi abraçado pela Empresa Paraibana de Comunicação (EPC), por meio da Editora A União, e pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba (Iphaep).
O professor da UFPB, documentarista e diretor do Fest Aruanda, Lúcio Vilar, é o organizador da obra, tendo se debruçado sobre mais de 900 textos escritos e publicados no diário paraibano para chegar à seleção dos 64 que compõem o livro. Lúcio conta que foram três anos de revisitação ao acervo do jornal, no qual os textos puderam ser lidos, avaliados, categorizados e coligidos na versão final. Foram convidados docentes, pesquisadores, cineastas, jornalistas e críticos de cinema para compartilhar no livro múltiplos olhares sobre a atuação de Linduarte.
Além de cineasta e crítico de cinema, Linduarte Noronha foi professor da disciplina de Cinema no curso de Comunicação da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e fundador do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba (Iphaep). Iniciou sua trajetória no jornal A União como revisor, sendo, posteriormente, repórter, tendo escrito, durante 11 anos, uma coluna diária de crítica de cinema e é essa rica contribuição que agora está sendo destacada.
No texto de apresentação do livro, Naná Garcez, presidente da EPC, empresa da qual o Jornal e a Editora A União fazem parte, afirma que “nesta obra não se esgota a qualidade das críticas cinematográficas de Noronha. Muito pelo contrário, aguça a curiosidade sobre a sua imensa obra, que, nesta edição, está sendo comentada por Maria do Rosário Caetano, João Batista de Andrade, João Batista de Brito, Luiz Zanin Oricchio, Marilia Franco, Fernando Trevas Falcone e Rodrigo Fonseca. O próprio cineasta aborda o filme documentário Aruanda no terceiro capítulo do livro. Assim, este livro brinda-nos com um rico resumo do pensamento e das obras de Linduarte Noronha, a quem a Paraíba deve render merecidas homenagens”.
Sobre o lançamento nessa segunda-feira, em Brasília, Lúcio Vilar afirmou que foi “uma honra ter lançado o livro no mais antigo e importante festival de cinema do país. Com a presença da nova reitora da UFPB, Terezinha Domiciano, o evento foi muito prestigiado por jornalistas, cineastas e docentes-pesquisadores que participam do festival em Brasília. Foi uma boa largada para a carreira do livro que está só começando”. O gerente executivo da Editora A União, Alexandre Macedo, também participou do evento.