Criado em novembro de 2022, o Ambulatório de Reabilitação em Saúde da Mulher da Santa Casa teve início a partir de uma parceria entre a Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMPA), Universidade do Estado do Pará (Uepa) e Universidade Federal do Pará (UFPA).
“Eu já não sei o que fazer para as dores. Se estou de pé, dói. Quando sento também sinto dor. Então tenho muita esperança de que com esses exercícios que foram indicados, eu vou melhorar e ter uma gestação mais tranquila”, conta a paciente.
De acordo com a fisioterapeuta Maria Eunice Oliveira, uma das profissionais que atendem as pacientes no ambulatório, entre as gestantes as causas de encaminhamento ao serviço normalmente são as queixas de dor, que são aliviadas com as sessões de fisioterapia. Mas os cuidados também favorecem outros aspectos da saúde da gestante e outras alterações relacionadas à saúde do sistema urinário e ginecológico das pacientes.
“Aqui no ambulatório nós realizamos exercícios focados no alívio da dor, voltados principalmente para o alongamento e mobilidade e que sejam seguros para que não alterem a pressão dessa gestante. A atividade contribui com a prevenção e controle de doenças cardiovasculares, fortalece a musculatura global e a musculatura do assoalho pélvico, auxilia na adaptação postural, melhora a respiração e prepara a gestante para o trabalho de parto. Além das pacientes grávidas, também atendemos mulheres com problemas uroginecológicos”, esclarece a fisioterapeuta.
No caso da gestante, os benefícios da fisioterapia também se estendem para o pós-parto,
Para o fisioterapeuta Pablo Moura das Neves, coordenador do ambulatório de reabilitação em saúde da mulher, desde que foi implantado o serviço atende a uma necessidade das pacientes da Santa Casa e contribui com o desenvolvimento de pesquisas importantes para a área de saúde da mulher.
“O serviço de fisioterapia veio atender todo esse público, que era uma demanda reprimida. Aliado a isso o ambulatório também serviu para integrar a pesquisa voltada para esses pacientes na Santa Casa, pois tínhamos poucas pesquisas envolvendo pacientes grávidas, com gestação de alto risco e nestes dois anos, por meio de uma parceria com a Fapespa, conseguimos produzir quatro artigos, além de dissertações e tese. Então o ambulatório realmente integrou o tripé ensino, assistência e pesquisa”, afirma o fisioterapeuta, que também orienta e realiza projetos de pesquisa na instituição.