Foto: Divulgação / SES
A data de 1º de dezembro marca o dia de conscientização sobre HIV e Aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida pelo vírus HIV). Com isso, a Secretária de Estado da Saúde (SES) reforça a importância da conscientização e prevenção da doença. A campanha também ajuda a combater o estigma e o preconceito em torno do HIV e das pessoas que vivem com o vírus, e procura melhorar a compreensão da doença como um problema de saúde pública global.
Viver com HIV não é o mesmo que ter Aids. A Aids é uma doença causada pelo vírus HIV, quando o sistema imunológico se encontra muito debilitado. O HIV se espalha através de fluídos corporais e afeta células específicas do sistema imunológico tornando o organismo incapaz de lutar contra infecções e doenças. Ele pode ser contraído por contato sexual desprotegido com pessoa contaminada, transfusão de sangue contaminado, da mãe infectada para seu filho durante a gravidez, no parto e na amamentação, e por instrumentos que furam ou cortam e estejam contaminados.
“O HIV/Aids ainda não têm cura, mas há formas de prevenção da infecção e tratamento para o controle da doença. Sabemos que muitas pessoas podem ser infectadas com o HIV e não apresentarem nenhum sintoma durante 10 anos ou mais e, por isso, os exames são importantes, assim como o cuidado e o tratamento precoce ao ser diagnosticado com o vírus”, destaca Regina Valim, infectologista da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE).
Em Santa Catarina, de 2013 a 2023 foram notificadas 25.174 pessoas que vivem com o vírus do HIV. Em em 2023, foram 2.492 novas infecções, sendo que se concentraram nas pessoas de 20 a 39 anos, do sexo masculino (888 casos). Em 2023, foram 1.254 casos registrados com o diagnóstico da doença AIDS, causada pelo vírus. No entanto, há uma tendência de queda no número de óbitos, passando de 6,3 em 2022 para 5,5 em 2023.
Recomenda-se que todas as pessoas sexualmente ativas realizem regularmente testes para a detecção do HIV. Atualmente, existem testes rápidos que são realizados sem a necessidade de estrutura laboratorial. Eles são práticos, feitos com uma gota de sangue e o resultado sai em, no máximo, 30 minutos. Com o resultado do teste em mãos, caso a pessoa esteja infectada, o tratamento é iniciado imediatamente, sem custo algum para o paciente.
A camisinha ainda é o método mais acessível e eficaz para a prevenção do HIV e deve ser utilizada em todas as relações sexuais. Preservativos femininos e masculinos estão disponíveis gratuitamente nos serviços de saúde para toda a população.
Além desse método, outros dois também podem ser utilizados na prevenção à infecção: a Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP); e a Profilaxia Pós-Exposição ao HIV (PEP). A PrEP é indicada para aquelas pessoas com parceiros soropositivos, por exemplo, e consiste na ingestão diária de um comprimido que impede que o HIV infecte o organismo, antes mesmo da pessoa ter contato com o vírus. A PEP é indicada para pessoas que passaram por uma situação de risco, como ter feito sexo sem camisinha, por exemplo, e consiste no uso de medicamento em até 72 horas após a exposição, devendo ser continuado por 28 dias.
Todos os métodos são oferecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Estado.