A Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) reforça o Dia Mundial da Prematuridade, comemorado neste domingo, 17, com objetivo de conscientizar a população tocantinense sobre o nascimento antes do tempo previsto, com apenas 37 semanas de gestação, e destaca a necessidade da prevenção de novos casos.
A prematuridade pode ser evitada com a realização do pré-natal, que deve ter o acompanhamento gestacional por equipe multiprofissional. O serviço é ofertado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) tocantinense. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), apontam que entre 2010 e 2020, foi registrado em todo o mundo 152 milhões de partos de bebês prematuros.
Vários são os fatores de risco que levam à prematuridade, podendo ser ligados a questões individuais, comportamentais e hábitos de vida, além de complicações que podem surgir durante a gestação. Quando realizado o parto antes do crescimento completo na barriga, o bebê se adapta com dificuldade à vida fora do útero, podendo sofrer de problemas de saúde. Manter hábitos saudáveis; acompanhamento médico e controle de condições clínicas; evitar contato com pessoas doentes e seguir as orientações específicas sobre vacinação, são alguns atos benéficos que ajudam a prevenir a prematuridade.
A diretora de Atenção Primária da SES-TO, Cleidimar Rodrigues, destaca a importância do pré-natal na prevenção da prematuridade. “É possível evitar a prematuridade com os cuidados iniciais da atenção primária à saúde. Realizando o pré-natal bem assistido, a mãe é instruída sobre precauções, podendo se sentir mais segura e preparada para o parto, além de complicações que podem ser tratadas. Por isso temos apoiado capacitações aos profissionais de saúde, que proporcionam tanto o primeiro contato com a população na atenção primária, quanto na atenção especializada. Recentemente, no Encontro Estadual pela Saúde Materno Infantil foi muito trabalhada a educação sobre prematuridade, para capacitar os nossos servidores em saúde municipais e estaduais, no intuito de atender com excelência e qualidade a população”.
A psicóloga Ludimilla Ramos teve parto antes do tempo programado, foi acolhida no Hospital Regional de Gurupi (HRG) e contou sobre a experiência. “Eu cheguei no hospital com um descolamento de 100% da placenta, estava em uma gestação de 35 semanas. Fui recebida pela equipe da recepção e triagem que fizeram tudo com muita rapidez e qualidade, me encaminharam logo ao atendimento médico. A equipe médica identificou a urgência do meu caso e rapidamente fui para o centro cirúrgico, tudo isso com muito acolhimento e delicadeza, me deixando sempre a par de toda a situação, além de buscarem sempre me tranquilizar e passar segurança quanto ao procedimento. Passei por uma cesariana de emergência e minha filha nasceu. Ela precisou ser reanimada em razão de sua condição de saúde, foi um sucesso, minha bebê passou por todos os cuidados necessários naquele primeiro instante de vida. Ficamos no hospital, ela tinha dificuldade de respirar e precisou de cuidados específicos bem pertinho da equipe médica”.
“A minha filha recebeu um atendimento de excelência dentro da unidade, e eu também. Buscaram trabalhar minha angústia quanto a prematuridade da minha filha, além de me orientar e tirar algumas dúvidas pertinentes à situação. Recebi alta e minha pequena precisou ficar, mas fiz isso com muita tranquilidade, pois a equipe que cuidava dela me passava muita segurança. Todos os exames necessários à condição de saúde da minha filha foram feitos. Os cuidados comigo e minha filha nos primeiros dias de vida dela foram fundamentais para que eu pudesse estar aqui hoje contando a nossa história. Minha filha não ficou com nenhuma sequela de saúde, é super saudável e inteligente.Agradeço a todos que cuidaram de nós enquanto estivemos dentro do hospital, sei que o sucesso do todo tratamento se deu a qualidade do atendimento que recebemos lá. Minha filha é um milagre, além de agradecer a Deus, agradeço imensamente ao trabalho de toda a equipe do hospital, que não mediu esforços para cuidar da nossa saúde e vida”, acrescentou a paciente.
Dados
Dados do Integra Saúde Tocantins/SES-TO apontam que de janeiro a outubro de 2024, no Estado, houve sete registros de nascimentos prematuros com menos de 22 semanas; 96 entre 22 e 27 semanas; 178 entre 28 e 31 semanas e 1.675 nascimentos entre 32 e 36 semanas. Já os nascimentos com duração completa, entre 37 a 41 semanas, foram 13.338. Também foram registrados 323 nascimentos ocorridos com mais de 42 semanas.
Segundo o Ministério da Saúde (MS), no Brasil, 340 mil bebês nascem prematuros todo ano, o equivalente a 931 por dia, ou seis prematuros a cada 10 minutos. É estimado que os nascimentos prematuros afetem 15 milhões de crianças a cada ano, em todo o planeta.
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