Foto: divulgação Otovida
O Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez, foi celebrado neste 10 de novembro, uma data para conscientizar a população sobre a surdez, que pode afetar pessoas de todas as idades. A Secretaria de Estado da Saúde (SES) disponibiliza o Serviço Ambulatorial de Saúde Auditiva que presta atendimento aos usuários do SUS com perda auditiva, fornecendo aparelho de amplificação sonora individual, realizando acompanhamentos e orientações. As unidades estão localizadas em Florianópolis, Criciúma, Joinville, Itajaí e Chapecó.
“Os primeiros aparelhos auditivos datam do século XVI, mas foi a partir do século XX que a tecnologia desses dispositivos passou por uma revolução. Atualmente, existem aparelhos com diversos recursos, desde conectividade Bluetooth até alta tecnologia conectada à inteligência artificial. A qualidade dos aparelhos fornecidos pelo SUS é equivalente à do mercado privado, garantindo boa amplificação do som e atendendo às necessidades dos usuários”, explica a fonoaudióloga Sabrina Vieira da Luz, responsável pelo Serviço Estadual de Saúde Auditiva na Área Técnica da Saúde da Pessoa com Deficiência da SES.
Nos serviços ambulatoriais, nos anos de 2023 e 2024, foram atendidas 511 crianças com menos de 2 anos de idade, encaminhadas com suspeitas de perda auditiva. Somente este ano até outubro, 1.741 pacientes acima de 80 anos receberam atendimento. Além disso, de janeiro a agosto, foram feitos 3.261 atendimentos para avaliação inicial e concedidos 9.574 aparelhos auditivos.
Para ampliar a rede, um novo Centro Especializado em Reabilitação (CER III) foi habilitado recentemente, em Joaçaba, complementando os serviços. Além disso, o Estado conta com um Serviço Hospitalar de Saúde Auditiva, dedicado a realizar cirurgias de implante coclear e prótese auditiva ancorada no osso.
Prevenção e diagnóstico precoce
De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), 217 milhões de pessoas (21,52%) na região das Américas da Organização Mundial da Saúde (OMS) vivem com algum tipo de perda auditiva. A estimativa é que esse número suba para 322 milhões até 2050.
A detecção precoce da perda auditiva é fundamental para minimizar os danos ao desenvolvimento da fala e da linguagem, além de evitar déficits acadêmicos, sociais e psicológicos. A observação atenta por parte de familiares e profissionais de saúde em relação a aspectos das funções auditivas é primordial para promover um diagnóstico precoce e iniciar um tratamento terapêutico adequado.
Por outro lado, há medidas simples que podemos fazer para prevenir a perda auditiva. “É importante evitar o uso de hastes flexíveis e de fones de ouvido em alto volume; avaliar a audição periodicamente e manter um estilo de vida saudável, evitando ambientes ruidosos e, em casos de trabalho em locais assim, utilizar Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como protetores auriculares; realizar o teste da orelhinha; consultar um médico para tratar infecções de ouvido”, cita a fonoaudióloga.
Como ter acesso
Caso o paciente sinta dificuldade de audição é necessário procurar atendimento na Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima. Lá, ele será atendido, solicitado exames auditivos e serão dados os devidos encaminhamentos. Tanto em caso de indicação de aparelho auditivo como para cirurgia de implante coclear e prótese auditiva ancorada no osso, o usuário deverá passar por avaliação no Serviço de Saúde Auditiva Ambulatorial.
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