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Feira Cultural e Étnico-Racial Maranhense marca combate a desigualdades e gera oportunidade para jovens maranhenses

O objetivo é celebrar e refletir sobre as tradições afro-brasileiras e indígenas do estado, destacando a importância da inclusão e do respeito à di...

08/11/2024 às 15h19
Por: GIDEON CORREA Fonte: Secom Maranhão
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- Feira Cultural e Étnico-Racial Maranhense (Foto: Brunno Carvalho)
- Feira Cultural e Étnico-Racial Maranhense (Foto: Brunno Carvalho)

O governador Carlos Brandão destacou, nesta quinta-feira (7), o empenho da gestão estadual no combate às desigualdades sociais. O anúncio foi feito durante visita à Feira Cultural e Étnico-Racial Maranhense (Feculema), que está sendo realizada no Convento das Mercês, no bairro do Desterro, até esta sexta-feira (8). O evento é organizado pelo Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (Iema).

Integrando a Feculema, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) promoveu a Feira de Cultura, Literatura e Educação (Feclie), por meio do incentivo promovido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), com recursos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

O objetivo é celebrar e refletir sobre as tradições afro-brasileiras e indígenas do estado, destacando a importância da inclusão e do respeito à diversidade cultural e étnica na sociedade. A Feculema e Feclie também buscaram reforçar a valorização da literatura e da educação como ferramentas fundamentais para construção de uma sociedade mais inclusiva e consciente e consciente da sua diversidade.

“O nosso governo tem uma sensibilidade muito grande em combater as desigualdades sociais e essa feira fomenta nos jovens do Iema e de outras escolas o conhecimento e a defesa da igualdade social. Aqui é uma feira que vai promover oportunidades para os jovens apresentarem os seus projetos que serão avaliados e premiados. O governo fomenta essas ações na busca da defesa dos povos negros, dos povos indígenas e dos seus direitos”, declarou o governador durante a presença no evento.

Ambas as feiras funcionam como vitrine para que estudantes e professores do Iema possam compartilhar suas pesquisas e projetos, além de discutir como a educação pode ser uma poderosa ferramenta na luta pela igualdade e pelo reconhecimento das diferentes etnias. A partir de parceria com o governo federal, através do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), serão selecionados projetos que receberão uma bolsa de R$ 300 pelo período de um ano para continuidade da pesquisa.

De acordo com a diretora-geral do Iema, Cricielle Muniz, o evento proporciona o debate das relações raciais dentro do ambiente escolar e também contribui com o combate ao preconceito e à discriminação racial. Ao todo, estudantes e professores de 39 municípios do estado estão participando da feira e apresentando projetos.

“A feira vai muito além de uma mostra, pois incentiva a pesquisa, a ciência e a tecnologia, trazendo e resgatando a nossa ancestralidade cultural e territorial. Estamos felizes em receber tantos alunos apresentando os seus projetos. Esse é um compromisso do governador Carlos Brandão, quando aposta em uma mulher negra à frente do Iema e criamos a coordenação da Diversidade Étnico-Racial para termos um ambiente escolar seguro e confortável para os alunos do Iema”, comentou a gestora.

Para a estudante Isabel Guajajaras, que veio do município de Amarante do Maranhão, o evento fortalece e valoriza as raízes culturais. 

“Estou aqui como indígena e como ativista indígena. Acho importante a nossa participação como uma questão de protagonismo em todos os locais e ambientes. Fiquei muito animada ao receber o convite para mostrar um pouco da nossa cultura, da nossa etnia e dos nossos rituais. Foi empolgante o modo como a gente foi recebido e espero participar de mais ações”, relatou.

Carlos Abraão, que é estudante de Marketing na unidade do Iema Rio Anil, representou os docentes na abertura do evento. Ele definiu a experiência como algo único e parabenizou a iniciativa da gestão escolar em pautar o combate à discriminação.

“É um momento muito especial e marca uma urgência histórica de introduzir uma educação antirracista nas escolas. É um compromisso social importantíssimo ouvindo as nossas vozes periféricas, quilombolas e indígenas por ser uma instituição acadêmica e estudantil. Estou muito feliz de estar aqui e representar os estudantes do Iema”, afirmou.

Estudante da unidade do Iema em Zé Doca, Gabriele Stefani, também destacou o evento como um marco para a sua experiência acadêmica.

“Participar dessas feiras representa uma oportunidade incrível, pois é a primeira vez que estou em um evento tão grande. O nosso Iema tem pouco tempo, mas já estamos avançando com os nossos projetos e participar desse evento é motivo de muito orgulho e felicidade”, comentou.

A programação geral do evento segue nesta sexta-feira, das 8h às 18h, com debates, palestras e atividades culturais, reunindo especialistas e a comunidade escolar para discutir a importância da educação étnico-racial e a valorização das diversas identidades que compõem o estado.

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