Um total de 250 caixas para criação de abelhas e produção de mel foram entregues pelo Governo do Maranhão, nessa segunda-feira (4), aos apicultores do Sindicato dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares de Santa Luzia do Paruá, na sede da entidade sindical no município. 

Os equipamentos foram destinados a apicultores que tiveram as caixas queimadas pelo fogo, na semana passada, no município de Centro do Guilherme, e, também, a pequenos criadores de abelha da região.

A entrega foi realizada pelo presidente da Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural do Maranhão (Agerp/MA), Sandro Montenegro. Ele ressaltou que o governador Carlos Brandão pediu celeridade no atendimento aos apicultores. Além das caixas, a Agerp realizará visitas técnicas para certificação das agroindústrias da região ligadas à cadeia produtiva do mel para agregar ainda mais valor ao produto.

“O governo Carlos Brandão é um governo que busca resultados, e viemos entregar as caixas de abelhas com os nossos parceiros da Fetaema. Também viemos trazer mais informações no tocante à melhoria das agroindústrias que já existem aqui na região, para certificar e possibilitar mais renda e melhores condições de vida aos produtores”, destacou o presidente da Agerp/MA.

A presidente da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras do Estado do Maranhão (Fetaema), Angela Silva, informou que a continuidade da parceria com a gestão estadual possibilitará mais ações em toda a região, impactando na melhoria da produção e qualidade de vida dos agricultores familiares.

“Os apicultores perderam a sua geração de renda, e a entrega dessas caixas significa um recomeço, que vem juntamente com a assistência técnica através da parceria com a Agerp e outras políticas públicas para gerar renda, dignidade e bem-viver no campo. A continuidade dessa parceria e diálogo com o Governo do Estado fortalece a cadeia do mel no Maranhão”, afirmou a presidente Angela Silva. 

Para os agricultores familiares, a celeridade do apoio do Governo do Estado possibilita a retomada das atividades. O apicultor Valêncio dos Santos explica que há cinco anos começou o trabalho com abelhas, e que o incêndio foi o momento mais triste, mas agora é possível ter esperança novamente.

“É uma perda grande, tanto pelas caixas quanto pelas abelhas, pois fica difícil fazer a captura. Essa entrega das caixas já vai ajudar muito todos que tiveram perdas, pois é de onde tiramos o nosso sustento. Agora é levantar a cabeça e manter o foco para recuperar tudo de novo”, comentou.

O apicultor Elson Cabral lembra que a partir da ajuda dos vizinhos foi possível salvar algumas abelhas, mas que a maior parte dos materiais ficou completamente destruída. Com o alto custo para reposição, ele afirma que seria impossível recomeçar sem o apoio do Governo do Estado e da Fetaema no fornecimento das novas caixas.

“Essa intervenção do governador foi rápida e as caixas chegaram em menos de uma semana. Agradecemos ao governador Carlos Brandão por essa ajuda. Uma caixa dessas, hoje, é difícil de adquirir por conta da madeira, do feitio, uma já é difícil, imagine 30 ou 60? O fogo dá prejuízo, as pessoas pensam que o controlam, mas não controlam”, disse.

Para Adrenildo Santos, o momento agora é de gratidão. “Agradeço ao governador por ter escutado os apicultores e dar esse apoio entregando rápido as caixas para voltarmos a produzir. Eu tinha ido comemorar o meu aniversário e ao chegar me deparei com o incêndio. A comunidade ajudou a salvar alguns enxames e a partir deles vou fazer uma divisão e encher novamente as caixas”, relatou.

O apicultor Francisco Ivair Santos, que também é coordenador regional da Fetaema no Alto Turi, explicou que muitas famílias da região estão cadastradas no sindicato, que alcança todo o Alto Turi, tornando de extrema relevância a atividade para cerca de 200 famílias da região.

“Essa ação do governo está sendo muito gratificante. Vamos poder recomeçar com essa ajuda do Estado, via Agerp, do sindicato e da Fetaema. Fizemos uma reivindicação e fomos atendidos em menos de 15 dias, o que é muito importante para os apicultores voltarem às atividades”, agradeceu Francisco Ivair Santos.