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Maranhão Sem Queimadas avança no combate aos incêndios em reservas indígenas
Esta semana, equipes se mobilizam na Reserva Biológica do Gurupi, região noroeste do estado, e estão na linha de frente, no enfrentamento do fogo q...
05/11/2024 18h17
Por: GIDEON CORREA Fonte: Secom Maranhão

Em resposta às ocorrências de incêndios florestais que têm afetado reservas indígenas no estado, o Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA) amplia a operação Maranhão Sem Queimadas-Protetores do Bioma, nestas regiões. O objetivo é preservar a biodiversidade e proteger as comunidades locais. 

Esta semana, equipes se mobilizam na Reserva Biológica do Gurupi, região noroeste do estado, e estão na linha de frente, no enfrentamento do fogo que ameaça a área. O trabalho tem apoio do Instituto Chico Mendes (ICMBio), órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Os militares combatem o avanço das chamas na Aldeia Zé Gurupi, aplicando técnicas de produção de aceiros, combate direto e ‘fogo contra fogo’, que consiste no isolamento do terreno. Os bombeiros tentam evitar que as chamas se propaguem para área maior. O trabalho é intenso e desafiador, devido aos fortes ventos, altas temperaturas e vasta área afetada. 

A presença dos bombeiros tem sido um diferencial na preservação do meio ambiente e na proteção das comunidades indígenas, que dependem dos recursos naturais para sua sobrevivência.

A parceria entre as instituições tem garantido que as ações de combate ao fogo respeitem as especificidades culturais e ambientais das áreas, promovendo um combate mais eficaz.

“Nossas equipes estão firmes na operação, garantindo que estes ecossistemas sejam preservados e as comunidades protegidas. Nas reservas indígenas, o trabalho é ainda mais delicado, devido aos procedimentos de acesso e nesta questão, contamos com o apoio do Ibama e dos indígenas", pontuou o comandante-geral do CBMMA,  coronel Célio Roberto.

Além do combate direto ao fogo, a operação realiza outras diversas ações, incluindo monitoramento aéreo com uso de drones para identificar focos de incêndio em tempo real, permitindo uma resposta mais rápida; criação de aceiros para evitar propagação do fogo, capacitação das comunidades sobre prevenção de incêndios e combate a focos iniciais.

As áreas são sempre muito amplas e as condições de combate, um desafio, informa o comandante do 12° Batalhão de Bombeiros Militar (BBM), de Açailândia, 1º tenente Alessandro Sodré, que coordena a operação na  Reserva Biológica do Gurupi. "É um trabalho permanente na extinção do fogo e na prevenção contra novos focos. Acreditamos que, nesta força-tarefa com agentes do PrevFogo e em algumas situações, auxílio dos próprios indígenas, poderemos conter o avanço desses incêndios”, avalia.

O efetivo da 9ª Companhia Independente de Bombeiros Militar (CIBM), de Santa Inês, comandada pelo capitão José Silva Filho, já combateu incêndios na reserva do Alto Turiaçú e mantém-se à disposição, em caso de novas emergências. 

A logística da operação inclui, ainda, montagem de acampamentos, transporte de materiais por trilhas e deslocamento dos combatentes. Somado a este trabalho, o governo criou comitê com representantes da Segurança Pública, dos órgãos ambientais e comunidades para desenvolver estratégias de enfrentamento a estas ocorrências.

Desde o início do período seco, o Corpo de Bombeiros executa a operação Maranhão Sem Queimadas-Protetores do Bioma, mobilizando efetivo com suporte de viaturas e equipamentos para operar em caráter preventivo e emergencial. São cerca de 16 militares, prontos para o combate nestas regiões de difícil acesso. 

A operação tem parceria da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema) e nas áreas indígenas, participação de brigadistas do PrevFogo, entidade ligada ao Ibama.