Em Aurora do Pará, no Rio Capim, agricultores da vila Fé em Deus, no km 74 da rodovia Br-010, às margens do rio Jabuti-Maior, por ora dependentes exclusivamente do Bolsa-Família, começam a superar a situação de pobreza a partir do atendimento do escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), com o apoio da prefeitura municipal.
Em ato solene, na própria Comunidade, na terça-feira (29), quatro agricultoras mulheres assinaram contrato de crédito rural com o Banco do Brasil (BB), via projeto da Emater, para dispor, cada uma, de R$ 12 mil. O recurso da linha B do Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) é destinado a melhorar o plantio de mandioca e a produção de farinha.
Na ocasião, da qual participaram representantes do BB e da Prefeitura, as mesmas agricultoras e mais 30 famílias receberam a primeira parcela, de R$ 2 mil e 600, do Programa Programa de Fomento às Atividades Produtivas Rurais (Fomento Rural) - parceria entre o governo estadual e o governo federal que visa a gerar trabalho e renda no campo no contexto do cadastro único para programas sociais (CadÚnico). O foco é igualmente mandiocultura. Os agricultores beneficiam-se com um total de R$ 4 mil e 600, sem precisar pagar nada de volta.
"Cabe salientar que a presença da Emater no cotidiano dessas famílias da Fé em Deus é um resultado de uma equipe multidisciplinar e, além de técnico, de difusão tecnológica e troca de conhecimentos: atuamos na perspectiva sociocultural, de valorização e resgate de tradições, acesso a políticas públicas no geral; reconhecimento de questões étnicas, de gênero, de idade”, explica o chefe do escritório local da Emater em Aurora do Pará, Paulo Sydney Vieira, técnico em agropecuária, administrador e matemático, especialista em Metodologias de Ensino.
De acordo com o gestor, a comunidade Fé em Deus tem sido acompanhada pela Emater de forma intensiva desde 2017. Algumas das estratégias são a promoção de capacitações periódicas em interesses como artesanato e cultivo de hortaliças e a inserção das famílias como fornecedoras do Programa de Aquisição de Alimentos (PPA).
Também se encontram em desenvolvimento 16 projetos de piscicultura, de criação de tambaqui em tanque-escavado, junto com a Prefeitura, e 11 projetos de malva, em cooperação com a Companhia Têxtil de Castanhal (CTC).
No mais, outros cinco projetos de crédito rural para mulheres trabalharem com mandioca, no patamar individual de R$ 12 mil, tramitam no BB, prestes à liberação.
Texto de Aline Miranda
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