Após 4 dias de evento no Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (ADEPARÁ) se despediu da Chocolat Amazônia e Flor Pará 2024. Com participação na programação do evento, que incluiu o Fórum da Cacauicultura e a Câmara Setorial do Cacau, importantes momentos de debates sobre o desenvolvimento do setor, a ADEPARÁ apresentou as ações que tem contribuído para evitar a entrada do fungo da monilíase no território paraense.
Durante a Câmara Setorial do Cacau, composta por 17 entidades, a Agência de Defesa reforçou o compromisso com os produtores de cacau e orientou que eles façam seu cadastro junto à Adepará para que as ações de sanidade dessa cadeia produtiva alcancem mais regiões do estado, apoiando a geração de renda para a agricultura familiar, povos originários e comunidades quilombolas.
Ele também falou sobre o mapeamento das zonas de risco para a monilíase, uma medida importante de proteção do território contra o fungo. "Temos equipes em Itaituba e Jacareacanga, também vigilantes nessa rota do Amazonas. A gente não pode deixar essa parte do estado sem o nosso olhar, sem o nosso controle do trânsito agropecuário, porque se passamos uma moto sequer, já é preocupante, a gente tem que ficar vigilante", ressaltou.
Com as ações em curso, a ADEPARÁ protege regiões produtoras como a transamazônica, que detém 40% da produção de cacau do Brasil. "A região da Transamazônica é extremamente importante para a cacauicultura. Está cada vez mais crescendo, mais produtores estão se integrando à cadeia. Isso possibilita maior desenvolvimento, geração de emprego e renda para a nossa gente", destacou o diretor.
O comerciante Davi Miyahara visitou o estande da ADEPARÁ. Ele possui uma área de 150 hectares em Inhangapi e pensa em retomar o cultivo do cacau. Na conversa com os técnicos da Agência de Defesa, foi orientado a procurar o escritório da ADEPARÁ em Inhangapi para fazer uma visita à propriedade.
"Nós orientamos ele a procurar uma de nossas unidades no município onde ele mora para receber as orientações sobre o cadastro de propriedade e produção, assim ele terá o acompanhamento e vai poder regularizar a sua produção", disse Carla Ribeiro, auxiliar de campo da ADEPARÁ.
Atraído pelos produtos regionais, o consultor de políticas públicas Frederico Brandão ficou surpreso com a quantidade de produtos com o selo artesanal. "Eu não conhecia esse trabalho de certificação e também nunca tinha reparado no selinho, aí eu vou começar a olhar agora no supermercado porque é bom comprar com o selo, porque você sabe que teve uma inspeção, obedecidas às normas de higiene", disse.