Fotos: Silvestre Aguiar / SES
Mais de 90% dos casos de retinoblastoma, quando detectados em estágio inicial, são curáveis. O tumor maligno afeta a retina e é o tipo mais comum de câncer ocular em crianças, surgindo geralmente no início da infância. Com o objetivo de ressaltar a importância do diagnóstico precoce, o Hospital Infantil Joana de Gusmão, em parceria com a Sociedade Catarinense de Pediatria, realizou neste sábado, 21, um mutirão de consultas e exames para a detecção da doença.
“Por meio de um cadastro em nossas redes sociais, mais de 93 crianças foram inscritas para participar da ação. Cerca de 20 funcionários do hospital, incluindo oftalmologistas, enfermeiros e oncologistas, foram mobilizados, além de aproximadamente 30 voluntários”, destaca Maristela Cardozo Biazon, diretora do hospital.
O evento contou com a colaboração de estudantes de medicina da Universidade Federal de Santa Catarina e de estudantes de veterinária da Unisul, que trouxeram seus animais para tornar o ambiente mais acolhedor. Além disso, as voluntárias da AVOS apoiaram com um café da manhã e a decoração de balões, enquanto a empresa Phelcom cedeu equipamentos de diagnóstico.
A ação faz parte da campanha nacional De Olho nos Olhinhos, que visa conscientizar a população sobre os sinais e sintomas do retinoblastoma. O dia 18 de setembro é oficialmente reconhecido como o Dia Nacional de Conscientização e Incentivo ao Diagnóstico Precoce do Retinoblastoma.
A doença afeta um em cada 20 mil nascidos vivos, com maior incidência em crianças menores de 5 anos, representando de 10 a 15% dos cânceres diagnosticados no primeiro ano de vida. Cerca de 90% dos casos são identificados antes dos 5 anos da criança.
Os sinais e sintomas variam de acordo com o tamanho e a posição do tumor. A manifestação mais comum é a leucocoria, um reflexo branco no fundo dos olhos, conhecido como sinal do “olho do gato”.
“Quando tiramos uma foto, o normal é que o fundo do olho fique avermelhado, refletindo os vasos sanguíneos da retina. Se ele aparecer branco, isso é um alerta relacionado ao retinoblastoma. Outro sinal é quando uma criança que não era vesga de repente passa a ser. Diminuição da visão e tremores nos olhos, que parecem dançar, também são indícios”, explica a oncopediatra Denise Bousfield da Silva, presidente do departamento científico de oncologia da Sociedade Brasileira de Pediatria.
A oncopediatra ainda ressalta a importância do acompanhamento infantil nos primeiros anos de vida. “Para o diagnóstico precoce é importante, além do teste de triagem neonatal, quando é feito o teste do olhinho, que essa criança seja avaliada pelo seu pediatra constantemente e faça pelo menos uma consulta ao oftalmologista no primeiro ano de vida. Porque aqueles tumores que são muito pequenininhos ou localizados na periferia dos olhos podem não ser diagnosticados pelo teste do olhinho”.
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