O Programa Opera Paraíba, uma iniciativa do Governo da Paraíba que visa agilizar o atendimento das pessoas que estão na fila de cirurgias, está promovendo um importante acesso a procedimentos cirúrgicos para a população. Neste sábado (21) e domingo (22), serão realizadas 200 cirurgias de pterígio e catarata, respectivamente, no Hospital Estadual de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa. Essa ação visa atender os principais problemas oculares que afetam a comunidade, proporcionando uma significativa melhoria na qualidade de vida dos pacientes.
De acordo com Jaqueline Torres, chefe do Núcleo de Ações Estratégicas Especiais, o programa Opera Paraíba está celebrando cinco anos de atuação e já realizou mais de 132 mil cirurgias em todo o estado. Essa iniciativa é caracterizada por um serviço descentralizado, em parceria com diversos municípios.
“Entre as cidades que participam do Opera Paraíba estão Catolé do Rocha, Cajazeiras, Picuí, Itapororoca, Pombal, Patos, Mamanguape, Souza, Itaporanga, Solânea, Santa Luzia, Campina Grande, Itabaiana, Queimadas e Monteiro, além de contar com a colaboração de hospitais da rede estadual de João Pessoa, como o Complexo Hospitalar Infantil Arlinda Marques, o Hospital do Servidor General Edson Ramalho e o Hospital de Trauma da capital. Essa ampla rede de atendimento destaca o compromisso do programa em levar cuidados de saúde de qualidade a todas as regiões da Paraíba”, completou.
A unidade de saúde atendeu 100 pacientes neste sábado para cirurgias de pterígio e outros 100 serão atendidos neste domingo com cirurgias de catarata. Com o intuito de humanizar o atendimento, cada paciente pode ser acompanhado por um familiar. Para garantir o conforto dos acompanhantes, foram montadas três grandes tendas, onde eles podem aguardar tranquilamente enquanto os procedimentos são realizados, com lanches e almoços disponíveis para oferecer mais comodidade durante a espera.
A oftalmologista Ana Elisabeth Melo destacou que as cirurgias oftalmológicas são essenciais para idosos e adultos. “O pterígio é uma formação anormal na conjuntiva do olho, caracterizada pelo crescimento de tecido fibrovascular que se estende da conjuntiva para a córnea. Os sintomas incluem irritação crônica, vermelhidão e sensação de areia nos olhos, além de uma formação de grau irregular que pode comprometer a visão. Já a catarata é uma condição relacionada ao envelhecimento, geralmente surgindo após os 50 ou 60 anos, e pode evoluir para perda de visão leve ou severa”, frisou.
Para Ana Elisabeth, a realização das cirurgias pode melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes. “A cirurgia de pterígio e catarata traz benefícios não apenas para a saúde física, mas também para a saúde mental dos pacientes. O portador de pterígio muitas vezes lida com o desconforto de ter o olho vermelho, o que pode impactar sua autoestima e imagem pessoal. Por outro lado, a catarata reduz a visão, aumentando o risco de quedas, especialmente em idosos, e comprometendo a capacidade de dirigir. Ao restaurar a visão e melhorar a aparência ocular, essas cirurgias promovem maior confiança e qualidade de vida, beneficiando todos os setores da saúde ao reduzir complicações e melhorar a autonomia dos pacientes”, salientou.
Um exemplo é o caso da paciente Maria José da Silva, de 62 anos, do município de Mamanguape. Ela relatou um grande incômodo na visão: “Minha visão parecia estar embaçada. Procurei um médico especialista, que me indicou a cirurgia pelo Programa Opera Paraíba. Pensei que demoraria muito, mas, para minha surpresa, tudo foi muito rápido, em menos de um mês. Espero melhorar minha visão e estou cheia de expectativa”, comentou.
A felicidade está estampada no rosto do paciente Severino Rodrigues, de 37 anos, de Riachão do Poço. Ele compartilhou: “Eu quero ficar bom logo, meu olho está turvo e isso me impede de fazer muita coisa. Espero me recuperar rapidamente para voltar à minha rotina normal e ao trabalho”.
O coordenador da Oftalmologia, Eduardo Henrique Guerra, destacou a grande equipe envolvida neste mutirão. “Participam do mutirão quatro oftalmologistas, dezenas de enfermeiros e técnicos, além da equipe administrativa. O fluxo do paciente inclui a admissão, o procedimento cirúrgico - que dura em média 15 minutos -, a alta e o retorno médico”, ressaltou.
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