A experiência brasileira sobre a transformação de cidades em Destinos Turísticos Inteligentes (DTI) foi destaque no evento internacional “Hacia la transformación de destinos turísticos inteligentes en Argentina y América Latina”, que reuniu nove países da América Latina em Chascomús, na Argentina, ao longo da última semana. O exemplo do Brasil foi qualificado como alternativa de sucesso que estimula o uso de tecnologias que proporcionam melhores experiências aos turistas, mas também impactam positivamente a vida dos moradores.
Além do Ministério do Turismo do Brasil, outros cinco destinos do país estiveram presentes, sendo três deles considerados Destinos Turísticos Inteligentes em transformação: Curitiba (PR), Salvador (BA), e Rio de Janeiro (RJ). Também participaram Belo Horizonte (MG), Foz do Iguaçu (PR) e a startup SmartTour Brasil, de Florianópolis, que apresentou solução para a gestão e monitorização de um DTI.
A realização do evento foi uma iniciativa do instituto argentino Ciudades del Futuro (ICF), em parceria com a Sociedad Mercantil Estatal para la Gestión de la Innovación y las Tecnologías Turísticas (SEGITTUR) da Espanha, a Fundación Ciudad de La Plata (FCLP) e a Prefeitura de Chascomús. Também participaram expositores e empresas do Chile, Colômbia, Cuba, Espanha, México, Peru, Uruguai e Venezuela.
“O turismo tem potencial de transformar realidades, conferindo mais competitividade – e consequentemente geração de receita – aos nossos destinos por meio do fortalecimento de eixos estruturantes que se relacionam com o turismo, como acessibilidade, sustentabilidade e inovação”, destacou a ministra do Turismo, Daniela Carneiro.
Durante os três dias de evento, renomados profissionais expuseram novas ferramentas para a gestão de dados. Compartilharam ainda as últimas soluções tecnológicas e inovadoras para destinos turísticos e apresentaram boas práticas e cases de sucesso em diferentes destinos da América Latina e da Espanha. Além disso, os participantes integraram atividades práticas e conferências magistrais, criando uma troca de experiências e informações em diferentes momentos.
O objetivo do evento foi reunir servidores e colaboradores de instituições públicas do turismo locais, estaduais e federais dos diferentes países, assim como experts e especialistas em gestão de destino, design e implementação de políticas públicas no setor. Os países ouviram sobre desenvolvimento de modelo de destino inteligente; novas tecnologias e transformação digital; modelos de governança; ações de inovação; e iniciativas provenientes de parcerias público-privada (PPP).
DESTAQUE DO BRASIL– O Ministério do Turismo foi destaque na categoria inovação por ser o único país a trabalhar uma estratégia nacional em um modelo adaptado de Destinos Turísticos Inteligentes. O Brasil recebeu elogios por transformar a ação em política pública de Estado e serviu de exemplo para outros países.
Para Bárbara Blaudt Rangel, coordenadora-Geral de Planejamento, Inteligência e Inovação no Turismo substituta, que representou o Ministério do Turismo no evento, “capacitações como esta incentivam o intercâmbio de experiências e conhecimentos, além de oportunizarem a colaboração entre destinos, independentemente de sua nacionalidade”.
No Brasil, o Ministério do Turismo está com inscrições abertas para cidades que queiram participar da Estratégia Nacional DTI. Serão selecionadas 10 cidades que vão receber consultoria para diagnóstico e auxílio na construção de um plano de transformação em Destino Turístico Inteligente. Saiba mais AQUI .
“O objetivo que sempre perseguimos é oferecer uma metodologia e conhecimento que sejam suficientemente flexíveis para que se possam adaptar a diferentes realidades”, destacou o diretor de Investigação, Desenvolvimento e Inovação da SEGITTUR, Carlos Romero.
O Brasil também esteve entre os palestrantes responsáveis por iniciativas como Governança - com participação de Curitiba -, e Sustentabilidade - com apresentação de Belo Horizonte.
Por meio da implementação de modelos de gestão turísticos inteligentes – que tem sido ampliado na América Latina –, os gestores de destinos podem adquirir novos conhecimentos, ferramentas e vínculos com a finalidade de desenvolver estratégias para a melhoria da sustentabilidade turística e da governança inteligente dos destinos.
REDE IBEROAMERICANA– O Ministério do Turismo do Brasil, que atua como Secretário Institucional da Rede Iberoamericana de Destinos Turísticos Inteligentes, também participou de encontro híbrido, realizado na última sexta-feira (14.04), da Comissão Plenária da Rede. Durante a reunião foram revisados os protocolos de atuação; atualizada a Agenda de Eventos 2023; e discutida a formação de equipes para a execução do Plano de Trabalho de 2023.
O encontro também recebeu a apresentação de novas candidatura de membros, entre eles: Rio Branco (AC) e Recife (PE), que obtiveram as postulações aprovadas e passaram a integrar a Rede, que já contava com os seguintes destinos: Bogotá (Colômbia); Medellín (Colômbia); Tequila (México); Posadas (Argentina); Curitiba (PR); Belo Horizonte (MG); Salvador (BA); Montevideo (Uruguai); Municipalidad de Chascomús (Argentina); Santiago de Cali (Colômbia); Municipalidad de Puerto Varas (Chile); Florianópolis (SC); San Antonio Oeste (Argentina).
Na ocasião, Carlos Romero, diretor de Investigação, Desenvolvimento e Inovação da SEGITTUR, que é membro observador da Rede, compartilhou com os participantes a experiência obtida na Rede Espanhola de DTI.
O QUE É- A Rede Iberoamericana de Destinos Turísticos Inteligentes é um espaço comum e de coordenação que atua para impulsionar a colaboração interadministrativa e público-privada de maneira a situar os destinos no centro da atenção das políticas públicas turísticas, promovendo sinergias e facilitando a necessária transferência de conhecimento, a formação de alianças estratégicas e o desenvolvimento de produtos, serviços e atuações próprias dos Destinos Turísticos Inteligentes.
A iniciativa desempenha um papel importante para as cidades que trabalham com o modelo DTI, promovendo ações que podem ser aplicadas, futuramente, em modelos de gestão, tornando os projetos mais sustentáveis, acessíveis, tecnológicos, inovadores, articulados e competitivos.
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