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Comissão aprova projeto que obriga provedor de internet a remover conteúdo danoso à saúde em 48 horas

A Câmara dos Deputados continua analisando a proposta

16/08/2024 às 20h31
Por: GIDEON CORREA Fonte: Agência Câmara
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Mário Agra / Câmara dos Deputados
Mário Agra / Câmara dos Deputados

A Comissão de Ciência, Tecnologia e Inovação da Câmara dos Deputados aprovou projeto que obriga provedores de internet a removerem, em até 48 horas, conteúdos com potencial de causar danos à saúde da população. O prazo será contado a partir do recebimento de notificação do órgão federal de saúde competente.

Se nesse prazo os conteúdos não forem removidos, os provedores poderão ser responsabilizados solidariamente com o autor da publicação. Os provedores também serão responsabilizados caso deixem de abrir processo de verificação em até 10 horas a partir do recebimento da notificação.

As medidas são incluídas no Marco Civil da Internet .

Mudanças no texto original
O texto aprovado é o substitutivo do relator, deputado Eduardo Bismarck (PDT-CE), ao Projeto de Lei 1809/23 , do deputado Dorinaldo Malafaia (PDT-AP).

A redação original obriga os provedores de internet a remover conteúdos falsos ou enganosos com potencial de causar danos à saúde da população no prazo de 12 horas após notificação da autoridade de saúde competente, seja ela municipal, distrital, estadual ou federal.

Eduardo Bismark lembra que, durante a pandemia da Covid-19 no Brasil, ações coordenadas nas redes sociais produziram desinformação acerca de métodos de prevenção e de tratamento do coronavírus.

O relator também destaca que as desinformações sobre os efeitos da vacina desestimularam milhares de pessoas a seguir protocolos e agendas de vacinação no período pandêmico.

“Diante disso, o texto tem o mérito de propor a adoção de medidas que possam mitigar a difusão de notícias falsas que tenham o potencial de colocar em risco a saúde da população, especialmente em meios digitais”, avaliou o relator.

Letramento digital
A proposta também prevê que as iniciativas públicas de fomento à cultura digital e de promoção da internet como ferramenta social deverão estimular o letramento digital. A intenção é minimizar o impacto da circulação de notícias falsas e desinformação que ponham em risco a saúde da população.

O texto também inclui diretrizes para o combate à divulgação de fake news sobre saúde tanto no Marco Civil da Internet como na Lei Orgânica da Saúde .

Pelo texto, os serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) terão como diretriz a divulgação de esclarecimentos e combate à difusão de mentiras e boatos infundados que ponham em risco a saúde da população, especialmente em meios digitais.

Próximos passos
A proposta será analisada em caráter conclusivo pelas comissões de Comunicação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para virar lei, o texto também terá de ser aprovado pelo Senado.

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