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Cadeiras efetivas para mulheres nos parlamentos vão criar novas lideranças femininas, diz Lira

Para presidente da Câmara, percentual de cadeiras é mais efetivo do que cota de candidaturas

01/07/2024 às 17h46
Por: GIDEON CORREA Fonte: Agência Câmara
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Itawi Albuquerque / Câmara dos Deputados
Itawi Albuquerque / Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que, com a criação de cadeiras efetivas no Parlamento reservadas para mulheres, novas lideranças femininas poderão surgir em todo o País. Lira concedeu uma entrevista coletiva para imprensa em Maceió, durante a 1ª Reunião de Mulheres Parlamentares do P20, o fórum do Legislativo dos países que compõem o G-20. A deputada Benedita da Silva (PT-RJ), coordenadora do evento, também participou da coletiva.

Lira reafirmou que não há tramitando na Casa nenhum projeto que conceda anistia a partidos que não cumprem a cota de mulheres. Segundo ele, estabelecer cadeiras no Legislativo de todo o País específicas para mulheres com uma porcentagem mínima e aumentando gradativamente ao longo das eleições é melhor do que ter cotas de gênero para as candidaturas.

“É importante constitucionalizar cadeiras efetivas, é melhor efetivar cadeiras para que as mulheres preencham com seus méritos, do que se exigir percentual de candidatas. Dessa maneira, estamos fabricando candidatas, cassando chapas inteiras e criando candidatas laranja”, disse.

“Se pensar no Brasil, temos mais de 3 mil câmaras municipais que não têm nenhuma mulher. A lei seria para todo o Brasil, e o impacto disso seria formar novas lideranças”, defendeu Lira.

A deputada Benedita da Silva afirmou que o objetivo é chegar a equidade de gênero no Parlamento. Ela também reforçou a importância do evento 1ª Reunião de Mulheres Parlamentares do P20. Segundo Benedita, o fórum vai permitir que outros países discutam questões de gênero e temas em comum.

“Do ponto de vista para o Brasil, o evento foi um grande avanço, nesse contato com outras parlamentares de outros países. Estamos numa campanha de mais mulheres no poder e criar dois ou três temas mundiais (como meio ambiente , política do cuidado e do espaço de mais mulheres no poder)”, explicou a deputada.

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