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Comissão de Constituição e Justiça aprova criação de sistema para monitorar desastres
Proposta pode seguir para análise do Senado se não houver recurso para votação no Plenário da Câmara
08/05/2024 20h59
Por: GIDEON CORREA Fonte: Agência Câmara

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (8), proposta que cria o Sistema Nacional de Informações e Monitoramento de Desastres (Sinide), com o objetivo de emitir alertas antecipados de desastres no País.

O relator, deputado Pedro Aihara (PRD-MG), recomendou a aprovação de substitutivo da Comissão de Desenvolvimento Urbano ao Projeto de Lei 1450/15 , do deputado Glauber Braga (Psol-RJ). A proposta foi analisada em caráter conclusivo e poderá seguir ao Senado, a menos que haja recurso para votação pelo Plenário da Câmara.

O texto aprovado estabelece que o sistema deve reunir, consolidar e divulgar
dados sobre desastres, contendo, no mínimo:

Os dados do Sinide deverão ser produzidos em densidade compatível com a emissão de alertas antecipados e deverão contribuir para:

A rede de coleta de dados meteorológicos, hidrológicos e geológicos deve abranger a infraestrutura de radares e estações hidrometeorológicas que garanta a cobertura de todo o território nacional.

O funcionamento do sistema deverá ter como princípios a coordenação unificada; a descentralização no provimento de dados; a atualização permanente dos dados; e a disponibilização dos dados a todo cidadão, em qualquer circunstância e tempo.

Prevenção
Na discussão da matéria, o deputado Chico Alencar (Psol-RJ) disse que a CCJ não poderia apenas “assistir e lamentar” a situação no Rio Grande do Sul. “Elencar esses projetos é muito importante para que eles desçam do papel para a vida. A prevenção é fundamental. Há regiões com apenas um radar meteorológico e falta de comunicação entre os entes vinculados à prevenção de desastres”, afirmou.

O deputado Helder Salomão (PT-ES) também defendeu a proposta. “Ela cria condições para que tenhamos um diagnóstico, possamos pensar em ações de prevenção, e ter mais assertividade nos casos de calamidade”, disse.