Entre as tradições presentes nas comemorações da Semana Santa está o peixe, indispensável no cardápio. O consumo se reflete também no aumento da produção e comercialização e a agricultura familiar baiana tem grandes expectativas para esse período. A Cooperativa de Produção e Comercialização dos Derivados de Peixe de Sobradinho (Coopes), localizada em Sobradinho, por exemplo, espera praticamente triplicar a produção em relação ao passado.
As atividades da aquicultura, piscicultura e da pesca artesanal despontam como importante alternativa de renda para mais de 11 mil agricultores familiares baianos, graças aos investimentos do Governo do Estado, por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR). Por meio dos projetos Bahia Produtiva e Pró-Semiárido, são cerca de R$ 51,7 milhões aplicados em infraestrutura para a adequação da produção à demanda do mercado e para viabilizar a comercialização.
De acordo com a presidente da Coopes, Rosália Vieira, com as ações executadas para ampliar e fortalecer a atividade, este ano de 2023 promete ser de superação. “No ano passado, no período da Semana Santa, comercializamos 14,2 toneladas de tilápia para os municípios de Uauá, Caldeirão Grande e Monte Santo. Para este ano, esperamos chegar a 40 toneladas nesse mesmo período”.
O diretor-presidente da CAR, Jeandro Ribeiro, explica que a CAR trabalha as atividades da aquicultura e piscicultura em áreas continentais, com aproveitamento de água com recirculação e, também, aproveitamento das barragens, como em Sobradinho, onde tem o segundo maior lago do mundo em represamento de água. “Lá, temos o exemplo da Coopes, contemplada com investimentos tanto na base de produção quanto na agregação de valor. Temos investimento também em unidade de beneficiamento de pescado. São investimentos estruturantes para ter qualidade e regularidade na produção de pescado e, consequentemente, o beneficiamento”.
Por meio da CAR, foram R$ 3,3 milhões destinados à Coopes, beneficiando piscicultores e piscicultoras de todo o território Sertão do São Francisco. Os recursos foram aplicados na reforma da unidade de beneficiamento de pescados, construção da fábrica de óleo e aquisição de máquinas e equipamentos para o beneficiamento do pescado e aproveitamento de resíduos sólidos, assessoria técnica especializada com engenheiro de pesca entre outras ações.
O peixe da espécie tilápia, beneficiado pela Coopes, é estocado e comercializado seguindo os padrões ideais sanitários e de qualidade, além de possuir o Selo de Identificação da Agricultura Familiar (SIPAF), que garante a sua origem. Hoje, a cooperativa tem a capacidade de produção de 100 a 300 quilos por mês, comercializados de diversas formas, como filé de tilápia a vácuo, congelado em posta, espalmado congelado, linguiça de peixe, espetinhos de peixe, bolinho de peixe e peixe fresco, um cardápio variado que pode ser adquirido no Armazém da Caatinga, em Juazeiro e em estabelecimentos comerciais da região.
Fonte: Ascom/CAR
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