A caprinocultura de leite vem ganhando espaço entre criadores dos municípios de Uauá e Curaçá, no Território de Identidade Sertão do São Francisco. Pensando nisso a Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR) investiu mais de meio milhão de reais em pequenas infraestruturas que têm contribuído para assegurar a qualidade do leite de cabra e agregar valor ao produto.
Os recursos do Pró-Semiárido, projeto da CAR cofinanciado pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida) viabilizaram a construção de 31 salas de ordenha, além da implantação de bancos de forragem, ampliação de aguadas, fornecimento de kits higiene para ordenha e três salas com resfriadores de leite.
“Este projeto está nos ajudando a ter uma melhor qualidade de vida, porque a gente produz para nosso alimento e para os animais. Tem nos ajudado no conhecimento e nas práticas. Para gente é uma benção, porque o nosso leite está saindo de qualidade”, afirmou a produtora Marineide Rodrigues da comunidade de Cabaceira, Uauá. Ela e seu esposo, Edmundo Pedro, criam cabras da raça saanen.
Para o zootecnista que atua como técnico em desenvolvimento produtivo do Pró-Semiárido, Emanoel Amarante, “essa ação é muito importante para que os agricultores e agricultoras tenham mais segurança hídrica e alimentar para os animais e também com a sala de ordenha e os kits, possam ter um local mais adequado para ordenha”.
Ele acrescenta ainda que estas ações têm ajudado a estruturar a cadeia produtiva e permitir um maior acesso a mercado. “A partir destas infraestruturas e do apoio técnico, os produtores e produtoras têm conseguido um leite com maior qualidade. E é isso que queremos! Pois, este leite vai diretamente para o laticínio de Testa Branca e precisamos de um leite que atenda os padrões de qualidade, para termos produtos ainda melhores”.
Atualmente, a produção de leite de cabra está abastecendo o laticínio do povoado de Testa Branca em Uauá, agroindústria construída pelo Governo do Estado, também por meio da CAR/Pró-Semiárido para fomento à produção de derivados como queijo e iogurte.
Fonte: Ascm/CAR