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Tecnologia Ciência e Tecnologia

Paraná fortalece projeto de popularização da ciência com apoio de Agência de Portugal

Mais de 200 professores e pesquisadores participaram de um debate em Curitiba nesta semana. O evento, promovido pelo Novo Arranjo de Pesquisa e In...

19/09/2023 às 19h01
Por: GIDEON CORREA Fonte: Secom Paraná
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Foto: Fundação Araucária
Foto: Fundação Araucária

Mais de 200 professores e pesquisadores participaram de um debate sobre “Experiências e Divulgação Científica no Brasil e em Portugal”, realizada no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba. O evento, promovido pelo Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (NAPÌ) Paraná Faz Ciência, da Fundação Araucária, contribuiu para fortalecer a parceria, firmada em junho, entre Paraná e Portugal nas áreas de educação e cultura científica.

O NAPI Paraná Faz Ciência tem como objetivo fortalecer a cultura científica e tecnológica por meio de ações integradas de disseminação do conhecimento, e promover o acesso da população às atividades acadêmico-científicas.

A mesa-redonda teve a participação da presidente da Ciência Viva - Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica de Portugal, Rosália Vargas, e da diretora do Departamento de Popularização da Ciência, Tecnologia e Educação Científica do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Juana Nunes. Nesta terça-feira (19), Rosália se encontrou com a primeira-dama do Estado, Luciana Saito Massa, o secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona, e o diretor-presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig.

A pesquisadora portuguesa destacou a iniciativa dos NAPIs, principalmente o Paraná Faz Ciência, no trabalho de educação científica e popularização do tema. “O que vi aqui no Paraná é extraordinário. O que o Estado consegue fazer com o envolvimento de equipes muito motivadas e que acreditam que é preciso agir na sociedade para obter bons resultados. O Paraná Faz Ciência reúne excelentes condições para a realização de projetos muito práticos e de integração”, disse.

A presidente da Ciência Viva também destacou dados estatísticos sobre o avanço do interesse da ciência em Portugal. “Em 2005 apenas 14% da população tinha interesse por ciência e tecnologia, o que aumentou para 60% em 2021”, relatou.

A diretora doMinistério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Juana Nunes, defendeu a expansão desse modelo no Brasil.Ela ainda comentou que o Ministério está organizando uma política de popularização da ciência para o Brasil, no qual um dos eixos é articular as redes estaduais.

"O Paraná sai na frente, pois já tem uma rede em desenvolvimento. Queremos garantir que o cidadão paranaense e brasileiro tenha acesso ao que há de melhor na produção científica e para isso também é preciso que as crianças tenham uma escola que viva a experiência da educação científica desde a base”, afirmou Juana Nunes.“Este formato dos NAPIs é muito inteligente porque precisamos somar esforços. Quando reunimos projetos, ideias e recursos humanos para a construção de um programa de popularização da ciência temos resultados mais eficazes”.

Débora Santana, assessora técnica da Fundação Araucária, e Rodrigo Reis, professor da Universidade Federal do Paraná, articuladores do NAPI Paraná Faz Ciência, apresentaram as principais ações já desenvolvidas para a disseminação e popularização da ciência.

Segundo Débora, o novo arranjo busca envolver estudantes da educação básica em todas as etapas da pesquisa científica por meio da ciência cidadã. Ela também citou alguns desafios. “Precisamos ter uma linguagem acessível a todas as pessoas, de modo diversificado e atraente. A difusão da ciência também é uma forma de reforçar o controle social dos recursos públicos”, ressaltou. No Estado, uma das iniciativas nessa área é oParque da Ciência Newton Freire Maia, na Região Metropolitana de Curitiba.

Para Rodrigo Reis, a Ciência Viva é um exemplo global de uma rede de divulgação para o fortalecimento da cultura científica. "A agência portuguesa nos inspirou a trabalhar junto com a Fundação Araucária na implementação de uma rede local", disse.“Uma ação que chama a atenção é a rede Quintas de Ciência, que são pequenas chácaras e fazendas que trabalham a divulgação da ciência a partir dos ecossistemas regionais de inovação. Esse encontro ajudou a entender um pouquinho mais desse processo, que é totalmente aplicável para a realidade paranaense”.

NOVO ENCONTRO– Um novo encontro está marcado para esta semana.Outra edição do debate “Experiências e Divulgação Científica no Brasil e em Portugal” acontece na quinta-feira (21), às 14h30, no auditório da Unioeste em Foz do Iguaçu.

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