A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) lançou, nesta quarta-feira, 30, o Selo Comemorativo dos 30 anos do Programa Novilho Precoce , na Expointer 2023, em Esteio (RS). O ato foi acompanhado por autoridades da defesa sanitária do Rio Grande do Sul e do Paraná, das Superintendências do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) nos estados da Região Sul, da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) e convidados, que degustaram a carne do Novilho Precoce catarinense no jantar comemorativo à data.
O Programa Novilho Precoce, que completou 30 anos, tem o objetivo de estimular a cadeia produtiva por meio da comercialização de novilhos superprecoces, até 20 meses, e novilhos precoces, até 30 meses, em Santa Catarina, que atendam aos parâmetros de tipificação de carcaças: sexo, maturidade, conformação, acabamento e peso, proporcionando um pagamento diferenciado aos produtores e crédito presumido ao abatedouro frigorífico. Esse valor equivale a 2,8% ou 3,5% a mais, que é um incentivo financeiro, sobre o valor pago pelo quilo da carcaça.
“O lançamento deste selo é uma forma de valorizar o produto catarinense. É uma alegria comemorar um marco do Programa Novilho Precoce. Isso representa um trabalho bem feito, um trabalho de saúde pública, de segurança alimentar, além de alto valor zootécnico. Lançar este Selo Comemorativo de 30 anos do Novilho Precoce de Santa Catarina, é uma forma de valorizar o produto catarinense e diferenciar ele no mercado. Vamos mostrar ao consumidor catarinense e depois ao Brasil, o valor dos produtos de Santa Catarina. Agradeço a cada um e peço que continue fomentando este programa”, finalizou a presidente Celles.
O secretário de Estado da Agricultura, Valdir Colatto, comentou sobre o título que recebeu de ‘advogado’ do Programa Novilho Precoce, do presidente da Faesc. “Vamos fazer um estudo dos dados para levar ao conhecimento do Secretário de Estado da Fazenda e fazer ainda mais pelo agronegócio e mostrar a importância com o nosso setor, que representa 30% do Produto Interno Bruto (PIB)”, prometeu Colatto.
José Zeferino Pedrozo, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), recordou quando há 30 anos conheceu um incentivo aos produtores de gado, em uma viagem a Mato Grosso do Sul, e que ao retornar levou a proposta à Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc). “Fico muito feliz em saber que este Programa do Novilho Precoce continua. Que novos produtores do nosso Estado possam conhecer e aderir aos benefícios”, comenta Pedrozo, que aproveitou para pedir o apoio do Secretário de Agricultura, como ‘advogado’ para mostrar esse trabalho de excelência e colocou a Federação à disposição para o que for necessário.
O Novilho Precoce e outros produtos do agro de SC estão sendo apresentados na Casa do Produtor Catarinense, dentro do Parque Assis Brasil, onde ocorre a Expointer, em Esteio (RS), considerada a maior exposição de animais da América Latina e a maior feira agropecuária de destaque nacional e internacional. “Estamos num pedacinho de Santa Catarina dentro do Rio Grande Sul, e é ótimo ver a defesa sanitária integrada entre Estados. Isso nos fortalece!”, finaliza a presidente da Cidasc, Celles Regina de Matos.
Programa Novilho Precoce
O Programa Novilho Precoce é uma iniciativa pública de estímulo ao trabalho de melhoramento do rebanho bovino catarinense, instituído pela Lei Estadual n.º 9183, de 28 de julho de 1993, de autoria do atual presidente da Federação da Agricultura de Santa Catarina (Faesc), na época deputado estadual José Zeferino Pedrozo, e regulamentado cinco anos depois, pelo Decreto-Lei n.º 2.908, de 26 de maio de 1998.
Para receber este incentivo, o produtor deve ser cadastrado no Programa e abater seus animais em um abatedouro frigorífico credenciado. De acordo com Jader Nones, gestor do Departamento Estadual de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Cidasc, no frigorífico existem profissionais capacitados pela Cidasc para avaliar os animais e efetuar a tipificação e classificação das carcaças destes animais.
A produção do novilho precoce, além de melhorar a rentabilidade da fazenda, traz vantagens para a cadeia produtiva da carne e para a economia do país, porque eleva a qualidade do produto pecuário e facilita a entrada da carne brasileira no mercado internacional. Para a presidente da Cidasc, Celles Regina de Matos, “o Programa remunera melhor o produto do pecuarista e incentiva igualmente os frigoríficos. Trabalho técnico que retorna na forma de ganhos para o produtor, o Estado e o consumidor, com oportunidade de consumir uma carne de alta qualidade em suculência, textura e aparência”, acrescenta Celles Regina de Matos, presidente da Cidasc.
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