Primeiro laboratório do Sul do Brasil credenciado internacionalmente para realizar a análise de sorologia antirrábica veterinária, que é obrigatória para pets (cães, gatos e furões) que embarcam para outros países,o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) completou dois anos da prestação desse serviço, que representa um marco na sua história.
Atualmente, os testes realizados pelo Tecpar são aceitos em 27 países membros da União Europeia, Reino Unido, além dos Estados Unidos, Suíça, Noruega, Coreia do Sul e Emirados Árabes. Nos primeiros seis meses deste ano, os três países para os quais o Tecpar mais emitiu laudos foram Portugal, Estados Unidos e Itália, nessa ordem.
O Instituto obteve a primeira habilitação internacional em 2021 junto à União Europeia. Para ser credenciado foi necessário passar por um teste de proficiência organizado pela agência francesa Anses-Nancy, laboratório de referência da UE. O Tecpar também foi o primeiro laboratório do Sul credenciado para fazer o teste de sorologia em animais para os EUA. A autorização foi concedida pelo Centro para Controle e Prevenção de Doenças (Centers for Disease Control and Prevention– CDC), agência do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos.
A apresentação do laudo do exame é obrigatória para viajantes brasileiros que queiram levar consigo seus animais de companhia em viagens internacionais. Os testes são feitos pelo Laboratório de EnsaiosIn Vitroda Divisão de Controle da Qualidade do Tecpar.
O diretor-presidente do Tecpar, Celso Kloss, ressaltou que está no Plano do Governo do Estado a expansão do número de ensaios ofertados pelo instituto. “Estamos, semestre a semestre, aumentando a quantidade de análises para emitir o laudo de sorologia antirrábica veterinária aos tutores que querem viajar ao Exterior com seus animais de estimação, um procedimento essencial”, destacou.
VIAGEM LEGALIZADA– Um exemplo desse trabalho aconteceu com o cachorrinho Simba, um spitz alemão de um ano de idade. A falta do laudo do exame de sorologia antirrábica fez com que ele ficasse temporariamente separado de sua tutora, a médica brasileira Mariana Novo Cesarino. Simba nasceu em Portugal, onde vivia com ela. Em dezembro de 2022, Mariana esteve no Brasil, mas, ao tentar voltar, descobriu que não poderia levar o pet porque ele precisava do exame de sorologia antirrábica.
A médica retornou sozinha à Europa, deixando Simba sob os cuidados da mãe, Rosa Luiz Novo Cesarino. Foi ela quem acompanhou todo o processo para regularizar a situação do animal junto ao Tecpar. “Em março, ele recebeu a vacina antirrábica e depois dos 60 dias nós o levamos para coletar o material para a sororologia na clínica. Foi um atendimento de bastante qualidade e muito preciso nas datas. Tudo foi muito foi rápido e nós respeitamos o tempo que era necessário”, contou Rosa.
Agora, com o laudo de sorologia antirrábica em mãos, Mariana já tem condições de preparar a documentação para que o animal esteja autorizado a viajar novamente. Assim que sua tutora retornar novamente à Europa, Simba já terá condições de acompanhá-la.
“Ter esse exame aqui no Paraná foi muito bom. Quando a minha filha procurou informações sobre a sorologia, estávamos com a orientação de que não era realizado aqui. A Mariana ficou muito preocupada porque teria que ser feito em outro Estado. Para nós foi muito conveniente, muito confortável e pudemos solucionar tudo aqui em Curitiba mesmo”, afirmou Rosa.
EXIGÊNCIA LEGAL–O viajante brasileiro que deseja levar seu animal de estimação para o Exterior precisa realizar uma série de procedimentos e cumprir exigências legais para o embarque e transporte de animais, de acordo com o seu país de destino.
É necessário se informar com antecedência, já que cada país estipula documentação, prazos e regras distintas. Entre as exigências estão a microchipagem, tratamento parasitário, vacinação e sorologia antirrábica, atestado de saúde, obter o certificado veterinário internacional (CVI), entre outros itens.
Os documentos solicitados pelos EUA e pela União Europeia estão disponíveis no site do Tecpar. Clique AQUI para acessar.
PASSO A PASSO–A Organização Mundial de Saúde (OMS) determina que os viajantes que queiram levar seus pets a países que exijam o Certificado Veterinário Internacional (CVI) façam o exame em seus animais e apresentem o laudo do exame de sorologia antirrábica. O documento comprova que o animal que recebeu a vacina antirrábica no Brasil realmente está imunizado e produziu anticorpos contra o vírus da raiva.
Para isso, o tutor deve entrar em contato com um médico veterinário, que vai orientar sobre os procedimentos necessários, e solicitará o exame a um laboratório habilitado, além de posteriormente fornecer o atestado de saúde do animal. A amostra para o teste deve ser coletada em uma clínica ou laboratório veterinário.