Uma reunião entre a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) e a Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater), na manhã desta quarta-feira (9), em Salvador, marcou o início de uma parceria entre as instituições para ampliar a participação da agricultura familiar no contexto da Defesa Agropecuária. O modelo de envolvimento desses produtores no sistema de vigilância para a Febre Aftosa já vinha sendo planejado e discutido pelos gestores, assim como a sensibilização e responsabilidades dos pequenos criadores para a Bahia avançar ainda mais dentro do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA).
Ficou acordado um protocolo de ações dividido em quatro etapas, sendo a primeira delas um Ciclo de Videoconferências a ser realizado no início de setembro na região Norte do Estado, envolvendo cinco Territórios de Identidade. Entre os temas, os técnicos da Adab abordarão a Febre Aftosa, Brucelose e Tuberculose, Influenza Aviária, Cochonilha do Carmim e Moscas-das-Frutas para os profissionais de assistência técnica e extensão rural da Bahiater. A segunda ação será um Dia de Campo, idealizado para acontecer em outubro, para capacitar os agricultores familiares no reconhecimento, identificação e notificação à Adab em casos de suspeita de doenças de importância econômica.
Em uma terceira etapa será assinado um Termo de Cooperação Técnica entre as duas instituições para promover um envolvimento permanente e oferecer um serviço mais efetivo ao pequeno produtor. Por fim os órgãos vão organizar um Fórum Estadual sobre Febre Aftosa, voltado para a agricultura familiar, previsto para o mês de dezembro.
Estado produtor
A Bahia é o estado com o maior contingente de agricultura familiar do país, exigindo uma gestão diferenciada e a união de esforços entre diversas instituições de pesquisa, defesa e extensão do Governo do Estado. “O objetivo é intensificar e estimular a participação dos agricultores familiares no contexto do PNEFA, tendo em vista a possibilidade de mudança de status para Zona Livre de Aftosa Sem Vacinação”, enfatizou o diretor-geral da Adab, Paulo Sérgio Luz que participou da reunião ao lado do superintendente da Bahiater, Lanns Almeida. “Nesse momento, precisamos nos unir e mobilizar todas as ferramentas disponíveis para evitar transmissão de pragas e doenças de grave efeito comercial que prejudicam toda a economia”, completou o superintendente da Bahiater.
Presente ao encontro, o diretor de Defesa Animal, Carlos Augusto Spínola, ressaltou que entre as funções da Adab está salvaguardar o desenvolvimento da agropecuária baiana de forma competitiva. “Não somos uma Agência punitiva e sim disciplinadora, que precisa seguir determinações legais, por meio de suas fiscalizações, para atestar a qualidade de tudo o que se produz no campo e que impacta, diretamente, na viabilidade dessa produção. Por isso as parcerias e o envolvimento de todos são tão importantes”.
De acordo com o coordenador do PNEFA-Ba, José Neder “o engajamento do pequeno produtor e a imagem que ele tem da Adab nessa nova realidade que se desenha para o Estado é fundamental para mostrar que a Bahia tem uma defesa agropecuária com os requisitos necessários para enfrentar os desafios que estão por vir com a Zona Livre de Aftosa Sem Vacinação para a Febre Aftosa”, finalizou.
Também participaram da reunião pela Adab, Nicoly Lima, Fernanda Mendonça, Lília Silva, Luciana Ávila e Luana Leão. Pela Bahiater estiveram presentes José da Silva e Luís de Lima Barbosa.
Fonte: Ascom/Adab
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