A Tesla tem planos de expandir significativamente o tamanho de sua fábrica de montagem na Europa, visando duplicar sua capacidade produtiva.

Há 16 meses, a Tesla iniciou a produção em Grünheide, revolucionando o cenário automobilístico alemão. No primeiro semestre deste ano, pela primeira vez, a empresa superou a Volkswagen em vendas de veículos elétricos.

 Se a expansão, detalhada em milhares de páginas divulgadas na quarta-feira, receber a aprovação das autoridades locais, a fábrica da Tesla ultrapassará a histórica fábrica da Volkswagen em Wolfsburg, construída na década de 1930 e atualmente a maior da Europa, com capacidade para produzir 815.000 carros por ano.

 Atualmente, a fábrica alemã da Tesla produz cerca de 5.000 veículos utilitários esportivos Modelo Y por semana, aproximadamente metade de sua capacidade atual, que ainda está em crescimento. A empresa planeja aumentar a capacidade para fabricar outros modelos na fábrica, embora não tenha especificado quais. Além disso, está buscando dobrar sua produção de células de bateria, atingindo uma capacidade de armazenamento de 100 gigawatts-hora por ano, de acordo com os documentos de expansão divulgados.

 Com a expansão, o número de funcionários aumentaria para 22.500, em comparação com os atuais 10.000. A Tesla já anunciou dezenas de vagas de emprego no site da empresa, principalmente na indústria, indicando que ainda há vagas disponíveis na fábrica atual.

 Dirk Schulze, líder regional do sindicato trabalhista IG Metall, que representa 2,3 milhões de trabalhadores em todo o país, saudou o anúncio de mais empregos na região economicamente fraca, mas também pediu melhores condições de trabalho para os funcionários.

 Desde que a planta foi proposta pela primeira vez em 2019, a Tesla tem enfrentado resistência dos residentes locais, que estão preocupados com o impacto na disponibilidade de água subterrânea. Como parte dos planos de expansão, a empresa propôs a construção de uma estação de tratamento de água para permitir a reciclagem de água, em vez de aumentar ainda mais o consumo de recursos hídricos.