O diretor de Defesa Agropecuária, Diego Torres Severo, orientando a equipe. Foto: Ascom/Cidasc
A adoção de todas as medidas sanitárias com base nos protocolos internacionais aplicadas para erradicação do foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), em aves de fundo de quintal, no município de Maracajá, no Sul do Estado, no dia (15/07), resultou em um trabalho célere, sistemático e de êxito. Após as ações de controle na propriedade, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) consideraram encerrado o foco de IAAP.
“Nossos profissionais são altamente capacitados e foram treinados para agir rapidamente e encerrar o foco. A participação de todos os envolvidos com a cadeira produtiva de alimentos, produtores, agroindústrias, associações e casas agropecuárias, entre outros, têm sido fundamentais para que a Cidasc possa ser notificada imediatamente. Vale ressaltar que o consumo de carne de aves ou de ovos é seguro e não oferece risco à saúde humana, referenciado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO)”, declara Celles Regina de Matos, presidente da Cidasc.
Com a erradicação do foco, foram intensificadas as ações de educação sanitária em todo o Estado, em especial, no litoral catarinense e nos municípios da região Sul próximos ao foco encontrado. A Diretoria de Defesa Agropecuária, baseada nos planos de contingência estabelecidos, montou, na segunda-feira (17/07), um grupo de trabalho focado na inspeção de propriedades rurais ou urbanas que possuam aves, num raio de 3 a 10 quilômetros do foco confirmado. Além de inspecionar os animais, os profissionais realizam investigação epidemiológica nas propriedades, orientam os produtores rurais sobre os sinais clínicos compatíveis com a influenza aviária e entregam material educativo, como folders e cartazes. Além disso, deixam claro os canais apropriados para notificação de casos de suspeita de gripe aviária, pelo sistema e-Sisbravet no link: bit.ly/notificarcidasc ou bit.ly/SISBRAVET, diretamente em qualquer escritório da Cidasc ou ainda no telefone: 0800 643 9300.
“As ações de vigilância na região do foco estão em andamento. Estamos realizando as atividades de atualização de cadastro, de vigilância ativa (verificação da existência de sinais clínicos em animais suscetíveis) e de educação sanitária. Recomendamos que ao identificar caso suspeito, compatíveis com IAAP, tais como sinais respiratórios e neurológicos, dificuldade respiratória, andar cambaleante, torcicolo, mortalidade alta e súbita, os profissionais devem seguir os procedimentos preconizados de investigação”, alerta o diretor de Defesa Agropecuária da Cidasc, Diego Rodrigo Torres Severo. Que complementa “todas as mortas ou com sinais clínicos da doença não devem ser manipuladas pelos cidadãos. Precisamos da compreensão de todos que façam a notificação sempre que identificarem sinais compatíveis com a influenza aviária”, reforça Severo.
Desde o anúncio da suspensão das importações de carne de frango e seus subprodutos de Santa Catarina pelo Japão, o Governo do Estado não tem medido esforços para reverter a situação, mostrar que foi um fato isolado e que não afeta a excelência sanitária do plantel avícola catarinense e a produção comercial. Afinal, o estado catarinense responde por mais de 30% do fornecimento do consumo de carne de frango ao Japão. O estado também é um dos poucos fornecedores de proteína aviária que já exporta o produto com os cortes mais tradicionais consumidos pelo mercado japonês.
Celles Regina de Matos, explica que além da possibilidade da chegada do vírus no território estadual, por meio de aves migratórias, é importante avaliar outras formas de introdução e disseminação do vírus. “O contato com as aves silvestres é um dos principais fatores determinantes para o contágio em aves domésticas. Neste momento de emergência zoossanitária, é necessário estarmos ainda mais atentos. Santa Catarina suspendeu todos os torneios de canto e exposições de pássaros, assim como a participação de aves em exposições agropecuárias. Posso afirmar, que somente um conjunto de ações e a participação de toda a sociedade é que fará a diferença na manutenção da sanidade do plantel avícola catarinense. Todos precisam fazer a sua parte”, alerta Celles.
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